Banco Central projeta PIB acima de 2% para 2022, afirma Campos Neto

Segundo o presidente, no evento Macroday do BTG Pactual, dados sairão no próximo relatório de inflação, que será divulgado em setembro

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 19/08/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

O presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição prevê um crescimento acima de 2% para a economia brasileira neste ano. A afirmação do presidente ocorreu em uma apresentação, no evento Macroday, do BTG Pactual, onde Campos Neto comparava a expectativa de crescimento do Brasil com outros países do mundo.

Ainda segundo Campos Neto, o dado será atualizado em setembro, na divulgação trimestral do próximo Relatório de Inflação do BCB. Na apresentação, o Brasil aparece na contramão dos principais países do mundo, apresentando uma alta na projeção do PIB, em comparação com a expectativa no período antes da guerra na Ucrânia.

A projeção do PIB brasileiro para 2022 acima de 2% já havia sido anunciada pelo ministro Paulo Guedes, no início de julho, e repetida pela equipe econômica do governo. A última edição do Boletim Focus, que pesquisa a projeção do mercado financeiro para a economia brasileira, as instituições também elevaram a expectativa de crescimento econômico.

Inflação Global e do Brasil

Durante a palestra, Campos Neto afirmou que nos anos de 2014 e 2015, os altos índices de inflação no Brasil foram causados por um erro na política econômica interna. “Agora, sofremos com o impacto de uma inflação global, mas ainda assim estamos abaixo da média mundial.”, destacou o presidente.

Segundo o presidente do BCB, as politicas fiscais do governo, como os auxílios e redução de impostos, e a forma que elas serão prorrogadas e financiadas, preocupam em relação a alta do índice de inflação para 2023.

“O ministro Guedes é mais apto para dizer como vai ser financiado. Mas o fiscal é sempre crucial naquele momento, está sempre em perigo. Quando resgato material do passado, sempre tem algum problema de fiscal. Trabalhamos com a sustentabilidade da divida, e vai ser desafiador olhar para o social e para o equilíbrio da divida, ao mesmo tempo.

Campos Neto enfatizou ainda que as medidas de redução de preços jogaram a inflação desse ano para o 2023. “Se você trabalha somente para alongar o horizonte, tem uma incerteza, porque você não sabe o que vai voltar.”, pontua.

CNN Brasil

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