Alta do fosfato tira poder de compra do produtor e prejudica relações de troca

Para o consultor Alexandre Mendonça de Barros, no entanto, há espaço para queda nos preços do insumo.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 30/08/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Voltamos basicamente aos preços dos últimos anos de fertilizantes se realizarmos uma correção inflacionária. A única exceção seria o MAP (fosfato monoamônico), que, mesmo com a correção, se mantém acima, afirma o analista e sócio da MB AgroConsultoria, Alexandre Mendonça de Barros.

“Me parece que não temos muitos fundamentos para o adubo subir demais, porque as margens já estão comprimidas, mas também não temos muito espaço para queda porque os preços já estão ajustados aos sistemas de oferta e demanda de fertilizante no mundo todo”, avalia Barros.

Para a soja e o milho, por exemplo, “as relações de troca deste ano estão desfavoráveis para o MAP mas favoráveis ao potássio. Isso vai ajudar o mercado brasileiro de adubo, porque a hora que vai fazer a fórmula média e joga no custo de produção cabe na equação financeira porque um produto está ajudando a compensar o outro, reduzindo o custo de adubação”, pontua.

A relação de troca para o café e a laranja, na percepção do analista, é “extremamente bom para todos os produtos”, enquanto para a cana-de-açúcar é “relativamente bom”, conclui.

Geopolítica e demanda

Levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), compilado pela Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) mostram alta nos preços pagos pelo produtor rural por fertilizantes.

O fosfato monoamônico (MAP) granulado teve uma alta de 38,8% em relação ao mesmo período do ano passado, o maior cresimento do período. Em comparação ao mês de junho, o aumento foi de 9,8%, com um preço mensal (cotado até 31/7) de R$ 4.470 por tonelada.

O preço do sulfato de amônio granulado avançou 9,8% nos 12 meses, e 7,1% de junho a julho, cotado a R$ 157,50 por 50 quilogramas ao final do mês. Já a ureia agrícola custava R$ 178,33 por 50 quilogramas ao final de julho, 10,3% a mais que no ano passado e queda de 4,3% em relação a junho.

O nitrato de amônio granulado, no entanto, apresentou uma queda de 3,4% na comparação anual, embora tenha valorizado 1,4% em comparação ao mês anterior. O preço mensal do período foi de R$ 2.130 por tonelada.

Globo Rural

TAGS:

Acesse todos os nossos conteúdos

Publicidade

Publicidade

Seja um assinante e aproveite.

Últimas notícias

plugins premium WordPress

Acesse a sua conta

Ainda não é assinante?