O algodão está passando por uma fase negativa no mercado. Neste mês, as cotações do contrato dezembro NY (CTZ2), caíram para as mínimas desde novembro de 2020, valendo @ 75,80 cents/lp!
O temor por uma recessão econômica se sobrepôs ao suporte da alta do petróleo e a fraqueza do dólar, tendo apoio também no avanço da colheita da pluma e pressionando ainda mais as cotações. Nos EUA a colheita já atingiu mais de 37%.
A questão é que, essa commodity tem como principal consumidor os Estados Unidos. Com o aumento da inflação naquele país, o consumo pode ficar enfraquecido e isso não é nada bom para os produtores brasileiros.
Além do preço da pluma preocupar os produtores por estar próximo de um limite entre igualar os custos de produção ou ainda gerar prejuízos, se a demanda não estiver aquecida, qual a saída? Com a piora da relação de preço entre o algodão com a soja e com o milho, o suporte aos preços pode vir do abandono de área para a produção dessa cultura e a consequente redução na oferta.
Na China, importante país fabricante de tecidos, o cenário também não é favorável. Com os anúncios mais recentes sobre a desaceleração econômica naquele país e foco na política zero Covid, os ativos em Dalian estão derretendo, levando o algodão na carona. Com isso, já estamos acompanhando fiações operando abaixo de suas capacidades e os estoques de produtos se acumulando ao redor do globo.
No Brasil, as exportações da pluma nas 3 primeiras semanas de outubro somam 191,6 mil toneladas.
