Algodão: preocupação com a demanda segue pressionando os preços

Apesar da alta neste início de novembro, o mercado de algodão segue inseguro frente a fraca demanda global.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 01/11/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Após acumular uma queda de -9% nas últimas 4 sessões, o contrato dezembro de algodão na ICE (CTZ2), abre a sessão de terça-feira (01) valorizando +4,14%, cotado a @74,98 cents/lp acompanhando a alta do petróleo.

No dia 24, o USDA liberou a atualização do seu relatório e a colheita americana do algodão já alcançava 45%, bem acima da média de 5 anos. O que surpreendeu negativamente o mercado foi a redução das condições de lavoura entre boas/excelente, que somavam apenas 64%. Na semana finalizada no dia 29, as vendas semanais dos EUA foram de 68,4 mil fardos, tendo como principal destino o Paquistão.

Apesar da alta neste início de novembro, o mercado de algodão segue inseguro frente a fraca demanda global. Após os pronunciamentos do Partido Comunista na China, a preocupação aumentou ainda mais e apenas o Vietnã e o Paquistão apresentaram movimentações na semana. Além disso, os índices PMI de atividade industrial, apresentaram queda na China, na Europa e Estados Unidos.

No mês de setembro a China, um dos principais importadores de algodão, importou 89 mil toneladas, um aumento de +21,29% ante ao mesmo mês de 2021, uma vez que o andamento da safra no país está sendo afetada pelos lockdowns.

No Brasil, 4° maior produtor mundial, nas 3 primeiras semanas de outubro as exportações da pluma somaram 191,6 mil toneladas, volume acima do ano anterior. No mercado doméstico, os preços seguem baixos frente a desvalorização nas cotações externas. No Mato Grosso do Sul, a Conab está estimando uma produção de 49 mil toneladas de algodão.

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