Na abertura do pregão da bolsa de Nova York desta quarta-feira (30/10), apenas os contratos futuros do algodão abrem em alta, em particular os mais negociados com vencimento para março. Cotados a 70,63 centavos de dólar por libra-peso, o aumento é de 0,10%.
“Os futuros de algodão dos EUA se recuperaram para acima de 71 centavos por libra no final de outubro, após atingirem o nível mais baixo em mais de um mês na sessão anterior, impulsionados pela força dos mercados de petróleo e grãos”, avalia a Trading Economics.
Segundo o USDA, 52% da safra de algodão foi colhida até 27 de outubro, em relação aos 44% na semana anterior, o que pressiona os preços, embora os ganhos recentes do petróleo, que aumentam o custo do poliéster (substituto do algodão), deem algum suporte.
Na contramão, estão cacau, café e açúcar. Os lotes de cacau que vencem em dezembro seguem recuando, desta vez, 2,45% de depreciação. As cotações estão em US$ 7.086 a tonelada, com ajustes técnicos do mercado e chegada de chuvas mais constantes nos maiores produtores globais, Costa do Marfim e Gana.
Já nas negociações do café arábica, a queda é menos acentuada, de 0,67%, no caso dos papéis com vencimento em dezembro, que operam a US$ 2,4645 a libra-peso.
Segundo a consultoria Trading Economics, os futuros do grão não sustentaram impulsos decorrentes de preocupações com danos de longo prazo nas safras devido à seca prolongada no Brasil, porque chove nos parques de café. Segundo alguns produtores consultados pela reportagem, ainda é cedo para estimar perdas em produtividade.
“Desde abril, o país, maior produtor mundial, tem enfrentado chuvas abaixo da média, afetando as árvores de café no estágio crucial de floração e reduzindo as perspectivas para a safra 2025/26. Embora as chuvas recentes tenham melhorado ligeiramente as condições, é necessária mais precipitação, prevista para os próximos dias em regiões cafeeiras importantes”, salienta o boletim diário da Trading.
Nas negociações do açúcar demerara, os contratos para março de 2025 têm leve queda de 0,09%, o que resulta em um preço de 22,07 centavos de dólar por libra-peso, permanecendo certa estabilidade.
Esses movimentos refletem a influência climática e as condições de colheita nas principais regiões produtoras do mundo.