As agtechs, startups do setor agropecuário, que desenvolvem soluções para resolver problemas depois das fazendas, principalmente com alimentos inovadores e novas tendências alimentares, são numericamente maiores, representando 44,4% das 1.703 empresas de base tecnológica catalogadas no Brasil.
Aquelas que atuam dentro da propriedade rural representam 41,4% e antes da fazenda 14,2%.
Esses dados fazem parte do Radar Agtech Brasil, principal mapeamento do universo de empresas de base tecnológica do setor agropecuário do País, desenvolvimento desde 2019 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), SP Ventures e Homo Ludens e cuja edição 2022 será lançada nesta quarta-feira (23) a partir das 14h, em São Paulo.
O estudo identificou a atuação de 242 agtechs antes da fazenda, com destaque para as categorias crédito/permuta/seguro/análise fiduciária e créditos de carbono (61 empresas) e fertilizantes/inoculantes/nutrição vegetal (53 empresas). Outras 705 trabalham dentro da fazenda, principalmente com sistema de gestão da propriedade rural (173 empresas) e plataforma integradora de sistemas/bases de dados (122 empresas).
E são mais 756 agtechs atuando depois da fazenda, a maioria (281 empresas) com alimentos inovadores e novas tendências alimentares e 123 empresas com marketplaces e plataformas de negociação e venda de produtos agropecuários.
O estudo identificou, ainda, que a maioria dessas agtechs permanecem concentradas na Região Sudeste (61,4%), e São Paulo se mantém como o Estado com maior número de startups do agronegócio, representando 76,6% do total regional, seguido por Minas Gerais (14,7%), Rio de Janeiro (6,6%) e Espírito Santo (2,1%).
O diretor de Negócios da Embrapa, Tiago Ferreira, disse em comunicado que o Radar é uma forma de garantir maior visibilidade para as agtechs brasileiras nos ecossistemas de inovação nacional e estrangeiro.