Entrega de fertilizantes deve crescer 1% e passar de 48 milhões de toneladas em 2025

Em seminário sobre a cadeia produtiva do insumo, consultoria Agrinvest apresentou números que mostram queda apenas no Estado do Rio Grande do Sul

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 31/10/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

A indústria de fertilizantes deve entregar em 2025 48,2 milhões de toneladas, aumento de 1% em comparação com 2024. Os dados são da Agrinvest Commodities, que fez uma apresentação, nesta quinta-feira (30/10), durante o Simpósio Sindiadubos NPK 2025, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba.

Os números da consultoria indicam que o Rio Grande do Sul é o único a registrar queda nas entregas no ano: de 10%.

“A gente vê um crescimento mais tímido no mercado este ano, perante os nossos números, que diferem do número oficial da Anda. Ainda assim, vamos ter uma entrega recorde, com um grande volume, mas com mudança na maneira de compra por parte do produtor”, ressaltou Jefferson Souza, analista da Agrinvest que fez a apresentação. “O produtor avalia o preço, além da qualidade. Com o mercado volátil, ele buscou preço competitivo”, afirmou.

Souza reforçou que a compra de fertilizantes representa 25% do custo de produção da soja. Destacou as altas taxas de juros e os gastos com arrendamento de áreas como principais problemas para o produtor atualmente.

Aluísio Schwartz Teixeira, presidente do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), explicou que a entidade se utilizou dos números da Agrinvest como referência no seminário deste ano porque ainda não estão disponíveis os da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), que reúne a indústria.

“O setor vem numa linha crescente ao longo dos anos. Provavelmente, vamos adiantar a projeção de 50 milhões de toneladas previstas para 2050, volume que devemos atingir dentro de três ou quatro anos”, disse.

Importações

O analista da Agrinvest disse ainda que as importações de fertilizantes pelo Brasil aumentaram. Apenas de adubo de origem chinesa, o crescimento nas compras foi de 58%. “A entrada da China gera regularização de oferta e, dessa forma, os preços não sofrem incremento. Esperamos que continue assim”, acrescentou Teixeira, do Sindiadubos.

O presidente do Sindicato apontou como gargalos do setor a logística portuária e a tabela de fretes rodoviários. Em sua visão, é importante as empresas atuarem de forma estratégica para manterem as margens e a saúde financeira.

O executivo ressaltou que os investimentos em logística e expansão de unidades de distribuição são importantes para a resiliência do mercado brasileiro.

“Novos modais logísticos nos portos das regiões Norte e Centro-Oeste, por exemplo, são investimentos que possibilitam o aumento de capacidade de recebimento, transbordo e carregamento”, disse.

Globo Rural

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