Café sobe mais de 5% em Nova York e supera US$ 4 a libra para dezembro

A primeira sessão da semana foi de alta também para cacau, açúcar e suco de laranja

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 16/09/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

O preço do café arábica subiu mais de 5% na bolsa de Nova York, com os primeiros contratos superando a marca dos US$ 4 a libra-peso na sessão desta segunda-feira (15/9). O dia foi de alta também para o cacau, açúcar e suco de laranja.

O contrato de arábica com vencimento em dezembro de 2025 ajustou para US$ 4,17 a libra-peso, com valorização de 5,24% em comparação com a sexta-feira. Foi o maior valor desde 13 de fevereiro de 2025, quando chegou a US$ 4,25 a libra-peso Para março de 2026, o café arábica fechou em US$ 4,01, alta de 4,9%. Os demais lotes, de prazo mais longo, encerraram a sessão abaixo dos US$ 4 a libra.

A posição dos operadores foi direcionada, principalmente, pelo clima no Brasil, maior produtor e exportador mundial de café. A falta de chuvas em regiões de produção gera incertezas sobre a florada e, consequentemente, a produtividade dos cafezais, informa o site Barchart.

“Além da questão do tarifaço e da indústria americana [estar] mais agressiva para se abastecer fora do Brasil, há o receio de problemas com o abastecimento de café brasileiro”, afirma Gil Barabach, analista da consultoria Safras & Mercado.

A desvalorização do dólar em relação ao real e o fortalecimento da posição comprada dos fundos no mercado de café também contribuem para manter os preços em níveis elevados. Na avaliação de Barabach, podem ocorrer correções pontuais no curto prazo, em momentos de realização de lucros, por exemplo, mas a tendência é de o mercado se manter sustentado.

“Os estoques estão baixos e a safra do Brasil é pequena. E o mercado está sustentado com a preocupação com o abastecimento”, resume o especialista.

O que pode mudar a avaliação e pressionar os preços é uma melhora na perspectiva para a safra brasileira. Isso depende do retorno das chuvas às regiões produtoras e de como o clima vai favorecer a florada dos cafezais. “Enquanto não houver uma perspectiva mais positiva para o ano que vem, o mercado vai continuar nervoso”, avalia.

Cacau

O preço do cacau também subiu na bolsa de Nova York. O contrato para dezembro de 2025 ajustou para US$ 7.644 por tonelada, aumento de 3,02% em comparação com a sessão anterior. O vencimento março de 2026 encerrou os negócios em alta de 3,12%, cotado a US$ 7.535 a tonelada.

Açúcar

O mercado de açúcar na bolsa de Nova York acompanhou o de outras commodities e encerrou em alta a primeira sessão da semana. Nesta segunda-feira (15/9), o contrato com vencimento em outubro de 2025 suniu 1,33% e ajustou para 16 centavos de dólar por libra-peso. Os lotes para março de 2026, tiveram alta de 1,27%, cotados a 16,73 centavos de dólar por libra-peso.

Em uma semana, o contrato para outubro acumula valorização de 2,11%, de acordo com o Valor Data. Em um mês, o entanto, há queda de 2,92%. O vencimento março de 2026 tem alta de 2,52% e baixa de 2,69%, respectivamente.

Suco de laranja

O suco de laranja também fechou em alta na bolsa de Nova York, dando sequência ao movimento visto na sexta-feira. O contrato para novembro de 2025 ajustou para US$ 2,59 a libra-peso, alta de 5,5%. Os lotes para janeiro de 2026 tiveram alta de 4,96% e fecharam a US$ 2,58 por libra-peso.

Algodão

O contrato de algodão para dezembro de 2025, o mais negociado na bolsa de Nova York, ficou quase estável na sessão desta segunda-feira. Subiu 0,01% e ajustou para 66,84 centavos de dólar por libra-peso. De acordo com o Valor Data, o vencimento acumula alta de 0,92% em uma semana e queda de 1,07% no período de um mês.

Globo Rural

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