As exportações avícolas da Argentina foram suspensas depois da confirmação, nesta terça-feira (19/8), de um caso de gripe aviária em criação comercial. A doença foi identificada em uma granja de galinhas poedeiras na cidade de Los Toldos, na província de Buenos Aires, informou o Serviço Nacional de Segurança e Qualidade Alimentar (Senasa).
A Argentina informou o ocorrido à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e suspendeu temporariamente todas as exportações de produtos avícolas para os países com quem mantém acordo sanitário. No entanto, o país pode continuar comercializando com mercados que reconhecem a estratégia de zonificação e de áreas livres da doença.
O anúncio do foco já causa efeitos no mercado externo. Segundo informações da agência Reuters, a China suspendeu as importações de produtos avícolas da Argentina a partir de 20 de agosto, apenas cinco meses depois de retirar uma proibição de dois anos. No primeiro semestre de 2025, o setor avícola argentino exportou um volume de 12,4 milhões de toneladas, com uma receita de US$ 14,6 milhões, segundo dados da Fundação Agropecuária para o Desenvolvimento da Argentina (Fada).
Para conter o vírus e evitar sua disseminação, foi estabelecida uma zona de controle sanitária de 3 quilômetros ao redor do foco, onde foram adotadas medidas de contenção, biossegurança e restrições de circulação. Em outra zona, em raio de 7 quilômetros, estão sendo realizadas ações de monitoramento, controle e rastreamento epidemiológico.
O Senasa realizou o abate sanitário e descarte das aves da granja, e está fazendo a desinfecção do prédio. Segundo o órgão, a região onde se encontra o estabelecimento não possui produção avícola significativa.
Caso não ocorram outros focos da doença em estabelecimentos comerciais no período de 28 dias após a desinfecção da granja onde ocorreu o caso, a Argentina poderá declarar-se livre da doença para a OMSA e restabelecer seu status sanitário, possibilitando o reinício das exportações avícolas.
