O café registrou forte alta na bolsa de Nova York e há indicação de que esse movimento deverá continuar, com a presença de elementos já conhecidos do mercado: clima no Brasil e tarifaço dos EUA. Nesta terça-feira (19/8), os papéis do arábica para dezembro avançaram 3,87%, cotados a US$ 3,4905 a libra-peso.
A consultoria Barchart, disse que os futuros do arábica alcançaram hoje a máxima em mais de dois meses após preocupações com o clima no Brasil. De acordo com informações da Somar Meteorologia, lavouras de Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, não recebeu chuvas durante a semana encerrada em 16 de agosto.
Os preços do café também com a percepção de oferta mais restrita do produto nos EUA, já que compradores americanos estão cancelando novos contratos de compra de grãos brasileiros devido às tarifas de 50% impostas às exportações brasileiras para os EUA. “Isso restringe a oferta de café no mercado americano, já que cerca de um terço do café não torrado vem do Brasil”, pontuou a Barchart, em boletim.
Cacau
O cacau seguiu com preços em queda na bolsa de Nova York após a desvalorização na véspera. Os contratos que vencem em dezembro recuaram 0,07%, a US$ 8.178 a tonelada.
A previsão de chuvas para áreas produtoras da Costa do Marfim – maior produtor de cacau do mundo – deram o tom negativo para as cotações. As atenções com o clima na região aumentam à medida em que se aproxima a nova safra 2025/26 de cacau, cuja colheita da safra principal se inicia em menos de um mês.
Suco de laranja
Tentando se recuperar da forte baixa na véspera, o suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) avançou. Os contratos para novembro subiram 0,91%, a US$ 2,4410 a libra-peso.
Açúcar
O açúcar fechou com preços em ligeira alta na bolsa de Nova York. Os papéis para outubro avançaram 0,91%, cotados a 16,31 centavos de dólar a libra-peso.
Algodão
Os contratos do algodão para dezembro fecharam em queda de 0,37% na bolsa americana, a 67,56 centavos de dólar a libra-peso.