O ritmo de crescimento da área plantada de algodão no Brasil deve diminuir na safra 2025/26, em relação aos ciclos anteriores, diante do aumento do custo de produção, aponta o Itaú BBA.
Cerca de 40% dos custos de produção são com fertilizantes. A consultoria estima aumento de 20% nos gastos com adubo em relação à safra anterior, elevando o custo operacional total em 9%.
O custo de produção mais alto e a expectativa de preços pressionados no mercado internacional, devido aos estoques altos da fibra e à queda nos preços das concorrentes fibras sintéticas, devem provocar queda na margem agrícola de 37%, na safra 2024/25, para 24% no ciclo 2025/26.
“O petróleo, que determina os preços das fibras sintéticas, e influenciam o preço do algodão, não inspiram reação nas cotações”, observou Francisco Queiroz, especialista da Consultoria Agro do Itaú BBA.
O analista acrescentou que a alta nos preços do algodão neste ano ajudou a melhorar a margem do produtor, juntamente com os ganhos de produtividade. A margem chegou a 37% na safra 2024/25, mas deve se reduzir para 24% no ciclo seguinte, devido à pressão nos preços internacionais.
Para o ciclo 2025/26, a expectativa é de um novo recorde de produção no Brasil, com aumento de 8% em área no Brasil, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).