A safra de café do Brasil – maior produtor e exportador de arábica do mundo – segue como o principal vetor de queda para os preços na bolsa de Nova York. Nesta terça-feira (24/6), os contratos para setembro fecharam em queda de 4,65%, a US$ 3,1135 a libra-peso.
De acordo com Ricardo Schneider, presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais (CCCMG), conforme a colheita do grão avança no país, além do aumento da oferta, o rendimento está com resultado inesperado.
“Há muitos relatos de produtores na nossa região [Varginha-MG] que estão conseguindo produtividades acima daquela do ano passado. Esse fato tem um peso negativo para as cotações, que de um ano para cá subiram 39% justamente por uma preocupação relacionada com a oferta”, avalia Schneider.
Ainda de acordo com ele, o mercado também respondeu às previsões climáticas para os cafezais. O dirigente destacou que os mapas não apontam risco de geadas para as lavouras, fato que tranquiliza os produtores para o andamento da colheita, e para o desenvolvimento da safra do ano que vem.
Por fim, o presidente do CCCMG lembra que a guerra entre Irã e Israel mexe com o mercado do café, pois provoca uma mudança na decisão de investimento de grandes fundos.
“Existe um compasso de espera por parte dos fundos, que vão aguardar para ver se esse conflito vai escalar. Ninguém vai querer tomar novas posições com toda essa incerteza na geopolítica.
Cacau
Mesmo após registrar uma alta de mais de 4% na última sessão, o cacau seguiu valorizado na bolsa de Nova York. Hoje, os lotes para setembro avançaram 2,68%, para US$ 8.763 a tonelada.
O mercado ainda segue pautado por questões envolvendo o tamanho da oferta na safra 2024/25, o clima em zonas produtoras do oeste africano e ainda os desdobramentos da guerra no Oriente Médio.
Suco de laranja
Os papéis do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para setembro fecharam em queda de 2,12%, a US$ 2,31 a libra-peso.
Açúcar
No mercado do açúcar, os contratos do demerara para outubro fecharam em queda de 1,27% nesta terça, cotados a 16,36 centavos de dólar por libra-peso.
Algodão
Por fim, os contratos futuros do algodão com vencimento em dezembro registraram alta de 0,56%, cotados a 67,79 centavos de dólar a libra-peso.
