Associação orienta produtores de soja a rejeitarem requisitos da lei antidesmatamento da UE em contratos

Aprosoja alega que a legislação brasileira já é suficiente para preservar o meio ambiente.

Tempo de leitura: < 1 minuto

| Publicado em 14/02/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e as Aprosojas de 15 Estados divulgaram nota conjunta recomendando produtores a recusarem a inclusão, nos contratos de compra e venda de soja, requisitos estabelecidos pela Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR).

As entidades alegam que a legislação ambiental brasileira já é suficiente para preservar o meio ambiente e que a soja brasileira já cresce há décadas, majoritariamente, em áreas de pastagens.

“E apesar do empenho para criar legislação restritiva para outros países, não vimos da União Europeia o mesmo empenho, por exemplo, para implantar partes da lei brasileira nos países do bloco europeu, como obrigatoriedade de uma área de preservação permanente e reserva legal mínima, o que expõe o caráter protecionista da medida”, diz a nota.

A Aprosoja acrescentou que mantém diálogo constante e transparente com as empresas e autoridades sobre as questões ambientais. Na avaliação da entidade, as áreas passíveis de expansão para produção de soja “não são relevantes a ponto de justificar nem a Moratória da Soja e nem a imposição da Lei Antidesmatamento”.

A entidade observou que o produtor rural brasileiro preserva faixa de mata em beira de rios, topo de morros e entorno de nascentes, além de manter reserva legal que vai de 20% a 80% de vegetação nativa nas propriedades. O investimento feito pelos produtores em preservação é da ordem de R$ 3,1 bilhões, com proteção de 227 milhões de hectares ou 26,6% do território nacional.

Para a Aprosoja, os países deveriam adotar o Código Florestal brasileiro em nível mundial.

“Comprometidos com a sustentabilidade da produção de soja, não aceitaremos outra regra ambiental para produção de alimentos que não seja o nosso Código Florestal”, diz a nota.

Globo Rural

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