Após fechar na véspera estáveis, os contratos futuros de café abrem o pregão da bolsa de Nova York com alta de 0,79%, a US$ 2,4780 a libra-peso para os de vencimento em dezembro, e de 0,73% para os lotes de março de 2025, cotados a US$ 2,4665. Ambos seguem com negociações mais lentas, com menos de 3 mil contratos em aberto ainda.
Os preços dos futuros do arábica são os únicos no campo positivo nesta manhã de eleição nos Estados Unidos, fato que interfere na disposição dos agentes de mercado em fechar negócios.
De acordo com a consultoria Trading Economics, os preços do arábica apresentam-se ligeiramente acima das mínimas recentes de dois meses, em parte devido ao real mais forte. “Enquanto isso, os traders permaneceram focados nas condições climáticas no principal produtor, o Brasil. Os negociantes observaram que se espera que esta semana haja chuvas adequadas para apoiar o desenvolvimento normal das culturas, embora permaneça incerto se as chuvas até agora serão suficientes para compensar os danos”, afirma a Tranding Economics.
O Brasil enfrenta o clima mais seco desde 1981, segundo o centro de monitoramento de desastres naturais Cemaden. “Uma boa colheita no Brasil no próximo ano é vista pelo mercado como fundamental para equilibrar a oferta global de café, depois de uma produção abaixo do potencial de outros grandes produtores nas últimas duas temporadas”, acrescenta o boletim diário da consultoria.
Os preços do cacau operam em queda de 1,97%, a US$ 6.828 a tonelada dos contratos previstos para março de 2025.
O boletim da consultoria norte-americana destaca que os agricultores das regiões produtoras, em especial da Costa do Marfim, estão atentos às consequências que podem ser provocadas pela ‘mistura’ dos períodos de sol com alto teor de umidade do solo para entender se isso ajudará na qualidade e no volume da colheita. No caso do país africano, maior produtor global, a projeção aumentou em 10% para a safra de cacau 2024/25, para 2,2 milhões de toneladas a serem colhidas.
A demanda pela indústria ainda segue enfraquecida, mostrando uma tendência mista entre recuperação de moagem em alguns países, como Estados Unidos, mas não nos da Europa.
O açúcar demerara, por sua vez, cai 0,78%, com os papéis de março precificados a 21,76 centavos de dólar por libra-peso. O algodão recua 0,56% e os lotes de mesmo prazo abrem precificados em 69,52 centavos de dólar por libra-peso.