A relação de troca apertada está deixando o produtor contra a parede na hora de adquirir fertilizantes para a safra 2024/25. Agricultores estão cautelosos, à espera de melhora no preço de soja e milho, principalmente, e queda do dólar. A avaliação é da Mosaic Fertilizantes.
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de junho de 2024, medido pela empresa, alcançou 1,05, um aumento de 8% em relação à maio, quando estava em 0,97. O indicador relaciona os preços de commodities agrícolas em bolsa e as cotações dos principais nutrientes (NPK).
Quando a relação passa de 1, significa um momento desfavorável para o produtor. Mostra que, nos preços praticados no momento da avaliação, o produtor precisará comprometer um volume maior de produto agrícola – soja, milho, trigo, açúcar – para adquirir o insumo.
Segundo analistas de commodities, não se espera nenhum pico de preços de sojre e trigo para as próximas semanas. No caso do milho, a colheita segue acelerada nas principais praças do Centro-Sul do Brasil.
Com isso, o momento é de relação de troca desfavorável ao produtor. Essa equação está refletida em um ritmo mais lento de vendas para o ciclo 2024/25. De acordo com o Índice a queda nos preços médios das commodities e o aumento no preço médio dos fertilizantes contribuíram para a elevação do IPCF.
“O preço médio dos fertilizantes subiu cerca de 5%, com destaque para o aumento de 15% na ureia, 5% no fosfato monoamônico (MAP) e 4% no superfosfato simples (SSP). No período analisado, o dólar sofreu um aumento de cerca de 5%, mas o mercado está atento aos movimentos do Banco Central brasileiro em relação à taxa Selic e às diretrizes econômicas do governo, que visam estabilizar a moeda e controlar a inflação”, aponta a Mosaic.