A demanda dos principais macronutrientes continua fraca com o final do plantio das safras indianas e de soja no Brasil, o que reduz os preços no mercado internacional. Com exceção do MAP, os outros macronutrientes permanecem pressionados, o que deve seguir no próximo, até os EUA e a China começarem as aquisições em meados de fevereiro.
No mercado de nitrogenados, os preços da ureia desvalorizaram por dois principais motivos. O primeiro é a redução da demanda sazonal de Índia, com o final do plantio das duas safras, e no Brasil, com a diminuição dos investimentos com as perspectivas ruins para a safrinha. O segundo é a redução das cotações de gás natural, em função da menor demanda pelo Hemisfério Norte com as temperaturas mais amenas. As perspectivas são de preços enfraquecidos com a demanda menor até o início das compras de EUA e China em meados de fevereiro.
Nos fosfatados, mesmo com a demanda enfraquecida no momento, as restrições de exportação do macronutriente chinês fortaleceram os preços internacionais do MAP, dada a redução da disponibilidade no mercado global. No Brasil, a tendência é de preços estáveis com a diminuição das compras e redução da oferta global. Os preços internacionais de MAP podem continuar sustentados com a redução das exportações da China, que visa abastecer o mercado interno.
Em relação aos potássicos, também há poucos negócios acontecendo com redução da demanda. Os preços vêm desvalorizando, porém menos que nos nitrogenados dada a concentração dos vendedores. A perspectiva é de preços mais baixos no início de 2024 com as aquisições em volumes baixos até o início das compras de EUA e China. O ponto de atenção serão as compras chinesas, dado que, de janeiro à novembro, o país importou cerca de 10,4 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio, representando 32,5% a mais que a média dos últimos 4 anos, o que pode indicar compras menores do país em 2024.