O mercado do café segue volátil na bolsa de Nova York. Apesar das oscilações diárias, há pouco espaço para altas expressivas neste momento. Nesta terça-feira (5/3), os lotes do arábica com entrega para maio recuaram 1,90%, para US$ 1,8335 a libra-peso.
Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, lembra que até o fim do ano a oscilação de preço na bolsa era ainda maior, diante das incertezas sobre as chuvas em áreas produtoras de arábica do Brasil e ainda com os possíveis impactos do La Niña para as plantações neste ano.
“Com o passar do tempo, o desenvolvimento da safra de arábica, que deverá ser colhida a partir de junho, ajuda a reduzir a especulação sobre as cotações. Com o fruto mais maduro, fica mais fácil prever o tamanho da produção”, destaca Bonfá.
De acordo com ele, a expectativa média de agentes de mercado é para uma produção de café no Brasil de 68 milhões de sacas em 2024/25. “A perspectiva dos agentes é razoável neste momento. Na segunda (4), as previsões de falta de chuva fizeram o preço subir, mas fevereiro foi marcado por precipitações acima da média em áreas cafeeiras”, diz Bonfá.
O clima, acrescenta o analista, deve direcionar o valor dos contratos futuros em Nova York.
“Para abril e maio, é esperado uma redução das chuvas, algo normal para o período. A preocupação maior será a partir de junho, quando o frio começa e pode haver inclusive a chance para geada em algumas áreas”, finaliza.
Cacau
O cacau recuou com investidores embolsando lucros após as altas recentes. Os lotes para maio fecharam em queda de 2,06%, a US$ 6.450 a tonelada.
Açúcar
As fortes baixas do açúcar nos últimos dias favoreceram uma correção técnica nos papéis na bolsa de Nova York. Os contratos do demerara para maio fecharam em alta de 1,31%, para 20,53 centavos de dólar por libra-peso.