Com o atraso na semeadura da soja nas principais regiões produtoras do Brasil, como Mato Grosso – maior produtor nacional do grão – devido à falta de chuvas, a janela de plantio do milho safrinha a cada dia que passa está mais estreita, fazendo com que os produtores rapidamente revejam suas estratégias para o próximo ciclo. Com essa situação, o cultivo de algodão ganha força, principalmente diante da expectativa de maior rentabilidade da cultura em comparação ao milho.
O cultivo de algodão chama à atenção, pois é uma cultura de alto investimento e demanda muita tecnologia. E com isso, poder agregar mais uma ferramenta disruptiva no manejo do produtor e assim permitir alcançar melhores produtividades, de forma rentável e sustentável.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a semeadura do algodão em Mato Grosso avançou 10,94 pontos percentuais (p.p.) na semana passada, de modo que, até o dia 12, 36,66% da área estimada para a safra 2023/24 já havia sido semeada, tendo as regiões nordeste e sudeste mais avançadas, com 56,60% e 41,88% de suas áreas já semeadas, respectivamente.
O atraso da soja e a opção pelo algodão, pode ser observada nos números do Imea: os trabalhos a campo estão 22,03 p.p. à frente do registrado no mesmo período da safra passada e 16,53 p.p. acima da média dos últimos cinco anos. “Cabe destacar que, no ciclo 2022/23, o processo de semeadura do algodão foi mais tardio em função das chuvas intensas nas principais regiões produtoras, que prejudicou o andamento dos trabalhos a campo. Por fim, a expectativa é de que o ritmo acelere nas próximas semanas, quando as áreas de segunda safra começam a ser semeadas, visto que representam 83,10% da área total de algodão no estado”.