Economia da China cresce 4,9% no terceiro trimestre

Número superou estimativa de crescimento de economistas e torna a meta de crescimento anual de Pequim atingível.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 20/10/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A economia da China expandiu 4,9% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, informou o Departamento Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira (18).

O número foi superior à estimativa de crescimento de 4,4% de uma pesquisa da Reuters com economistas e torna a meta de crescimento anual de Pequim atingível.

“A meta de crescimento de [cerca de] 5% deverá ser alcançada”, disse Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, em uma nota de pesquisa.

Numa base trimestral, a economia aumentou 1,3% no período de julho a setembro, em comparação com um crescimento de 0,8% nos três meses anteriores.

Considerando os primeiros nove meses de 2023, a economia chinesa cresceu 5,2% em relação ao ano anterior.

Os gastos dos consumidores emergiram como um dos pontos mais positivos no período de julho a setembro, de acordo com dados do DNE.

Ainda assim, o setor imobiliário – que representa cerca de 30% da economia do país – continua sendo um obstáculo. O investimento imobiliário caiu 9,1% nos primeiros nove meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o DNE.

O mercado imobiliário entrou em crise há mais de dois anos, após uma repressão liderada pelo governo aos empréstimos dos promotores. É provável que a recessão se prolongue, representando uma grande ameaça às perspectivas de crescimento da China nos próximos três a cinco anos.

A segunda maior economia do mundo teve um início de ano sólido, após três anos de restrições da Covid. Mas a recuperação fracassou nos meses de abril a junho, em um contexto de gastos fracos dos consumidores, uma queda persistente no setor imobiliário e uma procura global fraca pelos seus bens manufaturados.

Pequim intensificou os seus esforços para relançar o crescimento, incluindo a redução das taxas de juro, a eliminação das restrições à compra de casas e de automóveis, a aceleração de projetos de infraestrutura e o relaxamento do controle de capitais para atrair o investimento estrangeiro.

“Há sinais positivos suficientes nos dados recentes para sugerir que a economia virou a página”, disseram analistas da Capital Economics num relatório de pesquisa na quarta-feira.

“Isto reflete em parte o recente aumento no apoio político, que parece destinado a continuar nos próximos meses”, acrescentaram.

CNN Brasil

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