As geadas que afetaram os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina podem se repetir na madrugada desta segunda-feira.
Em outras regiões, altas temperaturas e tempo estável, favorecendo atividades em lavouras de milho e algodão. Contudo, surpresas não são descartadas.
Acompanhe a previsão do tempo para as cinco regiões brasileiras entre 13 e 20 de agosto feita pelo meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller:
Sul
O início desta semana deve ser marcado pela forte queda de temperatura no Sul. Já neste domingo (13) foi registrada a ocorrência de geada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Há possibilidade de repetição na madrugada desta segunda-feira no estado gaúcho.
No entanto, a tendência é a de que as temperaturas subam gradativamente a partir de terça-feira (15). O acumulado de chuva deve ficar entre 20 mm e 40 mm na mancha azul do mapa acima. Tempo firme somente na faixa norte do Paraná.
Esse acumulado de chuva contribui para a boa umidade do solo, favorecendo as lavouras de inverno em desenvolvimento (trigo, cevada, aveia, centeio, triticale e canola), assim como as pastagens. O produtor deve ficar atento para esse período mais úmido, que favorece o surgimento de fungos nas lavouras e em ração em armazenamento.
Sudeste
Semana de tempo mais firme em grande parte do Sudeste, favorecendo o manejo do solo e tratamento fitossanitário. As chuvas previstas se concentram somente na faixa leste – ilustradas na mancha azul do mapa acima. Nessas áreas, o volume fica em torno de 20 mm a 40 mm.
Ademais, tempo mais ensolarado durante toda a semana, com máximas que ficam em torno de 27 ºC a 30 ºC. A baixa umidade relativa e o tempo mais quente favorecem a moagem da cana-de-açúcar, colheita do café, colheita do milho 2ª safra e a secagem natural dos grãos, assim como a maturação e colheita do algodão.
As pastagens seguem prejudicadas pela ausência de chuvas. Com isso, o tempo mais quente e seco favorece o risco de focos de incêndio.
Centro-Oeste
Semana sem chuvas previstas em grande parte do Centro-Oeste. Volta a chover nas manchas azuis do mapa acima, com volumes entre 10 mm e 30 mm. Porém, isso não é o suficiente para recuperar a boa umidade do solo na porção oeste da região. Contudo, alivia a situação de estresse hídrico das lavouras e pastagens e ameniza a situação de calor e baixa umidade que estava contribuindo para risco de focos de incêndio.
A amplitude térmica deve ser o fator predominante em todos os três estados, com a temperatura máxima podendo chegar a 40 ºC em Mato Grosso.
O tempo seco, associado às altas temperaturas na faixa leste, potencializa o risco de incêndio florestal e de estresse térmico em granjas de aves e suínos e em gado em confinamento.
No geral, o tempo favorece a maturação e colheita do algodão e do milho 2ª safra, mas segue prejudicando a recuperação das pastagens.
Nordeste
As chuvas devem se concentrar no norte do Maranhão e na faixa leste nordestina. Os volumes previstos giram em torno de 30 mm a 70 mm no decorrer da semana devido à umidade que vem do oceano para essas áreas.
No entanto, a situação de estiagem persiste no interior da região, sem previsão de chuva para os próximos dias em boa parte da Bahia, Piauí, centro sul do Maranhão e interior de Pernambuco, favorecendo também o risco para focos de incêndio.
As temperaturas máximas podem chegar a 38 ºC, principalmente no Maranhão, oeste da Bahia, Piauí, Ceará e Pernambuco, com mínimas em torno de 20 ºC.
O tempo contribui para maturação e colheita do algodão e do milho 2ª safra, mas segue prejudicando a recuperação das pastagens e lavouras em sequeiro.
Norte
A combinação de calor e umidade provoca chuvas na faixa oeste da região Norte no decorrer desta semana. Os volumes podem chegar a 80 mm na mancha amarela do mapa. Já as temperaturas máximas devem atingir 39 ºC no centro-sul da região, com mínimas de 23 ºC.
Persiste a situação de falta de chuvas no Tocantins, deixando a umidade relativa do ar abaixo de 20%, potencializando o risco para focos de incêndio, mas contribuindo para secagem e colheita do milho 2ª safra.
Continuam as chuvas nos estados do Acre e Rondônia. Essa condição atrapalha os trabalhos em campo, atrasando a colheita do café, principalmente. No geral, com exceção do Tocantins e extremo sul do Pará, as demais áreas continuam com uma boa umidade do solo.