DATAGRO eleva projeção sobre produção de açúcar no Centro-Sul para safra 2023/24

Previsão é de que a oferta total de ATR cresça 10,2% para 85,09 milhões de toneladas na temporada em curso.

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| Publicado em 06/07/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

De acordo com a DATAGRO, os números iniciais dão sinais de que as usinas não medirão esforços para maximizar as operações de moagem bem como o mix para a produção de açúcar.

A avaliação da equipe de agrônomos do projeto DATAGRO Crop Survey tem apontado um ganho ainda maior na produtividade agrícola nos canaviais do Centro-Sul em razão do bom volume de chuvas, o que tem favorecido especialmente as condições dos canaviais a serem colhidos no terço final da safra 2023/24.

Por esse motivo, a consultoria elevou a estimativa sobre a moagem de cana na região para a safra 2023/24, de 598,50 para 606,50 milhões de toneladas. Sobre o rendimento industrial, fruto dos investimentos em tratos, a estimativa foi revisada para 140,30 kg ATR/tc. Consequentemente, a previsão é de que a oferta total de ATR cresça 10,2% para 85,09 milhões de toneladas em 2023/24.

“Com os preços do açúcar remunerando mais do que os preços do etanol desde junho do ano passado, e investimentos em adição de capacidade de cristalização, a região Centro-Sul do Brasil deverá quebrar um novo recorde na produção de açúcar”, afirma a DATAGRO em nota.

Diante desse cenário, a consultoria elevou a projeção sobre a produção de açúcar em 2023/24 para 39,1 milhões de toneladas, ultrapassando, assim, o recorde anterior de 38,47 milhões de toneladas em 2020/21.

“Obviamente, há muitos fatores ainda a serem confirmados, sobretudo diante do risco de um El Niño em 2023, cujos efeitos poderão provocar chuvas acima do normal durante as operações de moagem. Não é à toa que as usinas têm reportado recordes diários de moagem em uma tentativa de evitar perdas no aproveitamento de tempo caso os prognósticos de El Niño se materializem”, ressalta.

De toda forma, segundo a consultoria, a safra 2023/24 só termina em março de 2024, ou seja, caso as chuvas voltem a ocorrer acima da média durante as operações de moagem, as usinas ainda terão o primeiro trimestre de 2024 para colher o volume remanescente de cana disponível no campo.

Jornal Cana

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