SÃO PAULO (Reuters) – A exportação de milho do Brasil em novembro deverá mais do que dobrar em novembro para cerca de 6 milhões de toneladas, estimou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
O forte aumento na comparação com as 2,74 milhões de toneladas de novembro de 2021 deve-se à maior oferta do cereal no Brasil com uma safra recorde, principalmente.
Isso fica mais evidente quando se olha a comparação de embarques no acumulado ano.
De janeiro a novembro, a Anec projeta embarques de 37,9 milhões de toneladas, versus 20,6 milhões de toneladas em todo ao ano passado, quando seca e geadas afetaram a produtividade das lavouras.
Uma boa demanda de importação pela Europa, que lidou com uma seca este ano, também é citada entre os fatores de aumento dos embarques brasileiros de milho.
Já a exportação de soja do Brasil foi estimada em 2,4 milhões de toneladas, ante 2,15 milhões em novembro de 2021.
Isso deve levar os embarques no ano até o final deste mês para 76,9 milhões de toneladas, contra 86,6 milhões de toneladas em todo o ano de 2021, quando a safra de soja foi recorde.
Com base nesta exportação até novembro, o volume já supera a previsão anterior da Anec para o ano todo, de 75,5 milhões de toneladas de soja.
A Anec também estimou exportações de farelo de soja em 1,45 milhão de toneladas em novembro e em 19,1 milhões de toneladas no acumulado do ano.
A associação ainda projetou exportação de 65 mil toneladas de trigo neste mês, após vários meses sem embarques para o exterior.
Com exportações de trigo mais fortes entre janeiro e maio, o total no ano exportado pelo Brasil foi estimado em 2,46 milhões de toneladas. Há expectativa de uma retomada da exportação do cereal nos próximos meses, com a chegada de maiores volumes do produto nacional recém-colhido ao mercado.