A produção de legumes e verduras, conhecida como olericultura, ainda não atingiu a mesma densidade produtiva observada no cultivo de grãos no Paraná.
Apesar disso, essa atividade assume uma relevância considerável tanto em termos sociais quanto econômicos nas regiões onde é praticada.
No Paraná, a olericultura contribui com aproximadamente 3,5% do Valor Bruto da Produção (VBP), gerando R$ 6,8 bilhões em 2022. As informações são do Departamento de Economia Rural (Deral), pertencente à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
Essa contribuição decorre do cultivo de 50 diferentes espécies de vegetais no estado.
Apesar da diversidade de produtos cultivados, a batata, o tomate e a mandioca destinada ao consumo humano representam conjuntamente 43,5% da área de cultivo, 49,6% do volume total produzido e 48,4% da renda bruta gerada.
“Mesmo com participação ainda pequena na economia rural do Estado, a olericultura se reveste de importância singular nas regiões e municípios onde está inserida, gerando empregos e renda tanto no campo como nas cidades nos mais diversos elos das cadeias de produção”, analisa o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade.
Mandioca
O Paraná aumentou em 7% a área plantada de mandioca em relação a 2022, passando de 126 mil para 136 mil hectares.
A produção estimada é de 3,3 milhões de toneladas, superior em 11% aos 2,9 milhões de toneladas do ano passado.
O crescimento tem muito a ver com os bons preços conseguidos pelos agricultores.
Contudo, ainda que a produção solidifique o estado na segunda posição nacional, atrás do Pará, a safra não é suficiente para atender a demanda industrial, que se abastece de matéria-prima de outras regiões, como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
Milho e trigo
O tempo seco possibilitou avanço na colheita do milho, chegando a 28% da área de 2,4 milhões de hectares, ante 17% na semana anterior.
Das lavouras não colhidas, 13% estão na fase de enchimento de grãos, que devem ser beneficiadas pelas chuvas que iniciaram terça-feira (8).
Menos de 1% da área estimada de 1,4 milhão de hectares de trigo foi colhida, o que coloca as lavouras em risco climático.
A ausência de geadas generalizadas até o momento é um fator positivo. Porém, o inverno atípico, com temperaturas acima da média, pode afetar a produtividade.