Próximos dias serão marcados por altas temperaturas, tempo seco e restrição hídrica em grande parte do país. Produtor deve ficar alerta
Próximos dias serão marcados por altas temperaturas, tempo seco e restrição hídrica em grande parte do país. Produtor deve ficar alerta
Em maio e abril foram registradas duas quedas consecutivas.
No Agroexport desta semana, destaque para o mercado de exportação do complexo carnes
Com o recorde da safra, o agro lidera a lista de produtos exportados pelo Paraná, com destaque para a soja, carne de frango e cereais
Decisão judicial atendeu aos pedidos do MPT, determinando à Destilaria Córrego Azul que não exceda o peso máximo de carga permitido e mantenha seus veículos com freios e pneus em boas condições, dentre outras obrigações.
BRUXELAS – O mês passado foi o julho mais quente já registrado, com temperaturas anormalmente altas registradas tanto na terra quanto no mar, disse o painel de mudanças climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta terça-feira. Os cientistas alertaram no final do mês passado que julho estava a caminho de se tornar o mês mais quente do mundo já registrado. Este ano é o terceiro mais quente até agora, disse a vice-chefe da Copernicus, Samantha Burgess. “Acabamos de testemunhar as temperaturas globais do ar e as temperaturas globais da superfície do oceano estabelecendo novos recordes históricos em julho”, afirmou ela. “Isso mostra a urgência de esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, que são o principal fator por trás desses recordes.” Junho também superou o recorde anterior de temperatura daquele mês, de acordo com a Copernicus, que baseia seus cálculos em um conjunto de dados que remonta a 1950. Temperaturas sufocantes têm afetado áreas consideráveis do planeta, com recordes de calor registrados desde o Vale da Morte, no Estado norte-americano da Califórnia, até um município do noroeste da China, enquanto o Canadá e o sul da Europa combatem incêndios florestais.
Nos últimos dias 04 e 05 de agosto, um grupo formado por 40 industriais chineses, produtores de defensivos e fertilizantes agrícolas, esteve no Brasil, numa missão apoiada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), participando o I Encontro China-Brasil em prol da Produção de Alimentos e Fibras. O evento aconteceu em Brasília, com participação de representantes do Governo Federal, da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). No centro dos debates, a interdependência entre os dois países – o Brasil como um dos principais provedores de alimentos para o mercado chinês e a China como origem de mais de 70% dos princípios ativos dos defensivos agrícolas e fertilizantes empregados na agricultura brasileira. O objetivo do encontro foi chamar a atenção do governo federal para a rapidez da evolução tecnológica chinesa, na produção de novas moléculas, e a urgente necessidade de modernização do sistema regulatório brasileiro, para que o país possa usufruir das inovações, dentre as quais os bioinsumos. Após as palestras, em Brasília, os empresários viajaram para o município de Cristalina (GO), para acompanhar a colheita do algodão e visitar as estruturas de beneficiamento e classificação da fibra, na Fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola. Os visitantes vieram ao país mobilizados por duas associações, a China Crop Protection Industry Association (CCPIA) e a China Phosphate and Compound Fertilizer Industry Association (CPFIA). Cooperação “A China é o maior parceiro comercial do Brasil e, para o algodão, representa o nosso principal mercado consumidor. A fibra é uma cultura que demanda muitas tecnologias em insumos, principalmente, por causa do bicudo do algodoeiro, sua principal praga. Precisamos avançar no acesso aos produtos mais modernos e sustentáveis que a China coloca à nossa disposição. Para isso, precisamos de um marco legal adequado”, diz o presidente da Abrapa, lembrando que, na mesma semana, a associação dos cotonicultores concluía a Missão Compradores 2023, com representantes da indústria têxtil de oito países de destino do algodão brasileiro, dentre os quais, a China. “Queremos aumentar a nossa participação de mercado nesses países, e, além de volume, precisamos garantir um algodão alinhado à demanda por produtos mais amigáveis ao meio ambiente. O que vemos no horizonte, em pesquisa e desenvolvimento chineses, nos acena muito positivamente”, afirma Schenkel. Para Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que, na ocasião, representou o ministro Carlos Fávaro, o evento mostrou a relevância do setor de insumos agrícolas para a agricultura brasileira. “Somos o maior fornecedor de alimentos para a China, que, por sua vez, é o principal supridor de insumos agrícolas para o Brasil. É uma cooperação muito importante, por isso, é fundamental que o governo chinês entenda o sistema regulatório brasileiro. Inclusive, a capacidade deles de investir no Brasil, fornecendo insumos que se transformam em alimentos e retornam numa pauta diversificada. É um sistema de ganha-ganha muito interessante”, ponderou Goulart. Fertilizantes Responsáveis, na safra em curso, pelo maior custo de produção de algodão da história – reflexo da guerra na Ucrânia -, os fertilizantes também estiveram em debate, no encontro com os industriais chineses. O coordenador geral de fertilizantes, inoculantes e corretivos do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, Henrique Bley, falou sobre o Plano Nacional de Fertilizantes, que tem como meta reduzir a dependência brasileira por estes insumos até 2050. Segundo Bley, ainda assim, a China continuará sendo um importante fornecedor. “O Brasil importa 93% do nitrogênio que utiliza e tem uma capacidade instalada de produzir até 17 vezes o que consome. Então, mesmo que nós tivéssemos uma produção nacional em plena capacidade, com fornecimento de gás natural e de gás de petróleo, para garantir essa produção, com o aumento do consumo, manteremos a importação nos níveis atuais, em questões de quantidade, e até podemos aumentar, nesse período”, diz. Ele acrescenta que o Brasil importa 70% do fosfato que consome e teria capacidade de produzir esse mesmo percentual, em termos de reservas minerais, mas isso exigiria muito investimento da mineração no beneficiamento da rocha. “Em nitrogenados e fosfatados, mesmo havendo um grande investimento para aumentar a capacidade da produção nacional, ainda sim, o comércio com a China permaneceria nos níveis atuais ou até aumentaria, de acordo com o cenário de crescimento da agricultura brasileira”, finalizou. Segundo Jones Yasuda, da empresa Agrilean, que conduziu a programação do evento, pós-pandemia, se nota já um grande avanço na pesquisa e desenvolvimento de produtos na China. “Moléculas inovadoras que, em número, já são equivalentes à soma de todas as moléculas ofertadas pelas grandes multinacionais. Não podemos perder essas oportunidades por uma defasagem no nosso sistema regulatório”, adverte Yasuda.
Em média, informa a S&P Global, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros são suficientes para atender aos compromissos de curtíssimo prazo.
Mais da metade da soja produzida nos Estados Unidos é exportada, com a maior parte seguindo pelo rio Mississippi até o Golfo do México
Pesquisa também confirmou novo aumento na adoção de tratamentos com lagarticidas para a cultura da soja no Brasil