Organização Internacional de Cacau amplia projeção de déficit da amêndoa para safra 2022/23

A Organização Internacional de Cacau divulgou um relatório com revisões dos dados de processamento e produção de cacau da safra 2021/22, assim como revisão das projeções para a temporada atual. No documento, houve um ligeiro aumento da produção mundial de 2021/22 em 500 toneladas, para 5,057 milhões de toneladas da amêndoa, com o processamento, por sua vez, sendo revisado para baixo em 62 mil toneladas. Para a safra 2022/23, espera-se um crescimento da produção em 3,8% e aumento do esmagamento da amêndoa em 1,5%.  Para a produção em 2022/23, as estimativas anteriores da organização foram revisadas e o montante previsto caiu 30 mil toneladas, para 4,98 milhões de toneladas. Entre os países cujas projeções foram atualizadas e reduzidas, está a Costa do Marfim, com estimativa reduzida em 30 mil toneladas, a Indonésia, com queda de 20 mil, e o Brasil, com redução de 10 mil toneladas. No entanto, mesmo com queda dos resultados esperados para a temporada, espera-se que na Costa do Marfim e em Gana, países líderes na produção, os resultados sejam mais expressivos que na temporada anterior. Na Costa do Marfim, é previsto que o montante da produção cacaueira cresça 4% na temporada atual, indo de 2,121 milhões de tons em 2021/22 para 2,2 milhões de tons na atual temporada, enquanto em Gana o aumento previsto da produção é de 10% para 750 mil toneladas, uma recuperação da queda observada em 2021/22. Para o Brasil, o relatório destaca as chuvas abundantes nas regiões produtoras e estima um total de 210 mil toneladas ao fim da safra.   Quanto ao processamento na temporada 2022/23, a ICCO revisou suas projeções e estima que o montante de cacau processado deve ser cerca de 5,072 milhões de toneladas, 45 mil a mais que as estimativas divulgadas anteriormente pela organização. Há previsão de aumento do processamento em 35 mil toneladas na Costa do Marfim, 15 mil no Brasil e 10 mil na China e Suíça, ao passo que o resultado para os Estados Unidos foi diminuído em 20 mil toneladas e na Alemanha e Reino Unido em 10 mil cada. Na Europa, estima-se que o esmagamento de cacau cresça em 24 mil toneladas em relação ao ano safra anterior, na África o crescimento previsto é de 50 mil e nas Américas prevê-se uma queda de 3 mil toneladas. Para os países líderes da produção da amêndoa, Costa do Marfim e Gana, é previsto um montante de 750 mil e 300 mil toneladas esmagadas, respectivamente.  Dessa forma, o déficit de 60 mil toneladas projetado anteriormente pela organização foi ampliado, de modo que, agora, a ICCO espera que ao fim da safra 2022/23 o déficit global de cacau seja de 142 mil toneladas. Nesse sentido, o relatório chama a atenção para a ocorrência de El Niño ainda neste ano, o que, a depender de sua intensidade, pode prejudicar o desempenho da atual safra intermediária e da temporada 2023/24 devido à queda de produtividade das lavouras em anos com presença do fenômeno climático. Destaca-se também que após as revisões, a relação estoque/uso passou de 32,9% para 32,2%, nível historicamente baixo para o mercado e que reforça a condição mais justa de oferta em relação à demanda. O resultado, de maneira geral, continua fornecendo suporte às cotações do cacau nas bolsas, que vem operando em seus maiores níveis em quase 7 anos, o que tende a atuar de maneira altista também para os preços praticados no mercado doméstico brasileiro. Apesar de a temporada anterior ter sido revisada para uma situação um pouco mais confortável, com redução do déficit e aumento do estoque final, a temporada 2022/23 mostra um cenário de balanço de oferta e demanda mais ajustado que o esperado. Adicionalmente, olhando para o longo prazo, o potencial impacto negativo do El Niño na produção no Oeste Africano, região responsável por cerca de 70% da oferta do mundo, eleva as preocupações com uma sequência de novos déficits nas próximas temporadas.

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Embrapa: Influenza aviária acende alerta no Brasil

A produção agropecuária do Brasil está mais uma vez em estado de alerta. Desta vez o foco são aves, que estão em risco com a proximidade da influenza aviária, doença causada por subtipos de vírus altamente patogênicos. O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou emergência zoossanitária devido ao problema. Trata-se de uma doença grave, causada por um vírus, e letal para o plantel. Por isso, é de notificação obrigatória e imediata aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal. A doença já foi diagnosticada no Brasil no dia 15 de maio, em duas aves marinhas da espécie trinta-réis-de-bando e em uma ave migratória da espécie atobá-pardo, no litoral do Espírito Santo. No final de semana, outros casos foram registrados, incluindo um no Rio de Janeiro. Especialistas reforçam que, mesmo com a presença do vírus nas aves marinhas, o Brasil não afeta a condição de país livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e o comércio internacional deve ser mantido. Porém, o estado de alerta deve ser mantido e as medidas devem ser reforçadas. O alerta se deve especialmente ao impacto da doença na avicultura, tanto em termos econômicos para o País quanto, e especialmente, para pequenos avicultores. “Se a doença chegar aos plantéis comerciais do Brasil, pode impactar significativamente a produção e a vida de produtores. A influenza aviária não é um tema específico da avicultura industrial. É um tema de toda a avicultura, porque é uma doença letal para as aves”, alerta o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe. “Quem produz frango, ovos ou aves de reprodução deve estar ciente da gravidade da situação. E os pequenos avicultores podem perder sua produção, o que muitas vezes significa perder sua subsistência”. Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o maior exportador de carne de frango para o mundo, atendendo 145 países. Só em 2022, o país exportou 4,822 milhões de toneladas de carne de frango. Em produção de carne de frango, o Brasil é o segundo maior no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com 14,524 milhões de toneladas em 2022. “A avicultura é uma atividade que emprega muita gente. Então, a avicultura precisa de muita atenção neste momento e as barreiras contra o vírus devem ser de responsabilidade de todos”, enfatizou Krabbe. Então, como evitar a entrada da doença no país e proteger nossa produção e nossos avicultores? Essa é uma das perguntas mais respondidas pelos especialistas da Embrapa Suínos e Aves nas últimas semanas. E a palavra-chave de tudo é biosseguridade, que prevê uma série de estruturas e ações que visam a proteção dos plantéis, diminuindo os riscos sanitários na granja. Regras que valem para todos os sistemas de produção: do comercial, industrial ao colonial. “São medidas e estruturas destinadas a prevenir ou controlar a disseminação de doenças em uma propriedade ou criatório, fundamental para garantir a saúde animal e a segurança alimentar do produtor”, falou Luizinho. As medidas A primeira ação do produtor é a de proteção da granja, definindo os limites de acesso, que são considerados a área “suja”, a de interface e a “limpa”. A área suja é todo o espaço fora da granja, onde o produtor tem dificuldade de controle no fluxo de pessoas, veículos, aves e outros agentes transmissores. Já a área de interface é aquela que compreende a portaria da granja e todo o perímetro em volta. É nessa área que estão também os vestiários, escritório, portão de acesso e arco de desinfecção. A área limpa é a parte interna da granja, protegida e que o produtor consegue aplicar as normas e regras de biosseguridade. Entre os itens de proteção estão o isolamento da área de produção, a instalação de telas antipássaro, uso de um único acesso às granjas e áreas de desinfecção e controle de visitantes, uso de água potável de qualidade livre do acesso direto ou indireto de aves e cloração da água com no mínimo 3ppm de cloro livre, manter os reservatórios bem vedados. Pequena escala ou subsistência As orientações de biosseguridade não são apenas para as granjas comerciais. Elas valem também para produção de pequena escala ou de subsistência, pois protegem e evitam que doenças se proliferem. “O cuidado em pequena escala é tão ou mais importante. Pois, se uma doença afeta a produção, isso afeta o sustento e a qualidade de vida do produtor e sua família”, explica o pesquisador. “Neste momento, a criação de aves de pequena escala deve levar em consideração todas as regras de biosseguridade e ainda observar outras, como a compra de aves somente com Guia de Trânsito Animal (GTA) e Nota Fiscal. Isso garante a procedência e saúde das aves”, enfatiza. Outro ponto crítico e que deve ser foco dos pequenos produtores é que em criações coloniais, ou com acesso das aves à área externa, esses os piquetes precisam ser mantidos protegidos com cercado. Esta cerca deve estar afastada pelo menos cinco metros do perímetro limite dos piquetes. Também não deve ser permitido que as aves se desloquem livremente pela propriedade e sim mantidas em um perímetro de controle e cercado. Os pesquisadores orientam ainda que os produtores evitem a entrada de novos exemplares de galinhas e frangos no sistema de produção. Quando isso for necessário deixe estes animais em quarentena, isolados dos demais. “Outro item importante é que o acesso das galinhas e frangos de corte a locais de outras criações, como patos, marrecos ou aves exóticas e de vida livre deve ser evitado, uma vez que essas aves aquáticas são hospedeiras e transmissoras do vírus”, explicou Luizinho. Orientação Os principais sintomas que identificam a doença no plantel é a repentina mortalidade de muitas aves na criação e em curto espaço de tempo (menos de 48 horas). As aves apresentam ainda falta de coordenação motora (sintomas nervosos), andar cambaleante, pendem a cabeça para o lado e tem inchaço na região dos olhos, da cabeça e pescoço e nas juntas das pernas. Também tem inchaço da crista e barbela apresentando coloração… Continuar lendo Embrapa: Influenza aviária acende alerta no Brasil

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Agricultor brasileiro vê menor poder de compra de adubos em maio, aponta Mosaic

SÃO PAULO (Reuters) – O poder de compra de fertilizantes pelo produtor brasileiro recuou ligeiramente em maio, com queda dos preços das principais commodities agrícolas, apontou o índice mensal elaborado pela Mosaic Fertilizantes. O indicador atingiu 0,99 em maio, versus 0,96 em abril, quando bateu o patamar mais favorável ao produtor rural brasileiro dos últimos 22 meses. Quanto maior o indicador, pior é a relação de troca de produtos agrícolas por adubos para o agricultor, e vice-versa. “O resultado do IPCF deste mês é um reflexo da queda no preço das commodities (-5,2%), puxada pela queda no milho (cerca de 19%) e da soja (cerca de 7%)…”, disse a Mosaic em nota, lembrando de fatores como as grandes safras no Brasil e condições das lavouras dos Estados Unidos. O preço dos fertilizantes, também utilizado na composição do índice, apresentou uma queda média de 8%, acrescentou a Mosaic. Segundo a metodologia, o índice ainda aponta situação relativamente favorável para o agricultor brasileiro, em momento em que ele se prepara para o plantio da próxima safra de grãos, a partir de setembro. “O momento é de planejamento de compras de insumos pelo produtor rural que visa evitar enfrentar os atrasos que podem ser causados por sobrecargas logísticas”, disse a empresa de fertilizantes. O índice de maio mostrou também uma situação mais tranquila ao agricultor frente à registrada no ano passado, quando o indicador ficou acima de 1 durante todo o ano, tendo marcado pico de 1,87 em abril de 2022, com a alta de preços dos fertilizantes por conta de desdobramentos na guerra da Ucrânia.

Mato Grosso pode plantar área recorde de algodão na safra 2022/23

Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária prevê um plantio de 1,2 milhão de hectares, que podem render 5,2 milhões de toneladas de algodão em caroço e 2,1 milhões de toneladas de pluma.

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