BRASIL – A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) divulgou a Carta de Conjuntura nº 85, sobre a relação entre o setor produtivo agropecuário e os fertilizantes.
O ano de 2022 demonstrou-se desafiador para o mercado mundial e nacional, devido a dependência de adubos e fertilizantes vindo do exterior, devido a risco de fornecimento e elevação dos preços.
Segundo a Secretaria, entre janeiro e novembro deste ano, no Estado de Mato Grosso do Sul, houve aumento de 22,15% nos gastos de importação dos insumos, totalizando US$ 143,6 milhões na compra de 202,8 mil toneladas.
Em 2021 foram importadas 269 mil toneladas no estado, ao valor de US$ 111,8 milhões. Ou seja, houve aumento do valor gasto em 2022, na importação de menos insumos. Além disso, os dados demonstram a redução na quantidade importada, limitando a demanda, outro fator regulador dos preços.
Os preços de sementes de soja e milho acompanharam a elevação dos valores dos fertilizantes, pois compõe o valor do custo de produção das sementes. Para a safrinha 2023 projeta-se boa perspectiva, com boa margem de lucro para os produtores, já que os preços dos fertilizantes caíram em dezembro.
MERCADO EXTERNO – O governo russo decidiu sobre as cotas de exportação de fertilizantes para o primeiro quinquemestre de 2023. De janeiro a maio estão permitidos envios de 11,8 milhões de toneladas ao exterior. As cotas de exportação são impostas para que não falte insumos para a produção nacional da Rússia, garantindo aos produtores uma maior segurança.
A Rússia produz cerca de 50 milhões de toneladas de fertilizantes anualmente, que corresponde a 13% do total mundial produzido. De janeiro a novembro de 2023 exportou o equivalente a 25 milhões de toneladas do insumo.