A semeadura de trigo no Paraná deve ser encerrada nos próximos dias; o relatório referente a 11 de julho apontou que 99% da área de 1,17 milhão de hectares estava plantada. No dia seguinte (12), voltou a chover no estado, restabelecendo a umidade do solo nas regiões que plantam mais tardiamente e onde a estiagem começava a preocupar. Portanto, como nas demais regiões, os triticultores do extremo Sul do estado conseguirão plantar o cereal dentro do período ideal estabelecido pelo zoneamento agrícola.
As condições das lavouras também refletem a pluviometria adequada até o momento, pois 5% da área está em condição mediana e 95% está boa. Atualmente, cerca de um quinto das lavouras paranaenses está começando a espigar ou enchendo grãos, fases com risco maior de perdas por congelamento. No entanto, a previsão é que não se formem geadas relevantes nos próximos 15 dias. Essa situação permite a manutenção de expectativa de uma safra cheia, em 3,9 milhões de toneladas, ressalvando-se que a maioria das lavouras deve passar ao longo do inverno por suas fases críticas, tanto em relação às temperaturas negativas, quanto em relação à disponibilidade hídrica.
Com relação aos preços, o mercado brasileiro do trigo segue demonstrando pouca liquidez, mediante aos compradores e vendedores afastados do comércio nesta época de entressafra. Além disso, a restrição da oferta também limita ainda mais os negócios e ao mesmo tempo, mantem os preços sem grandes oscilações, mesmo com o trigo recuando fortemente nas primeiras duas semanas de julho no mercado externo.
Por outro lado, a paridade de importação continua elevada, tendo em vista a valorização do dólar nos últimos dias, voltando a atuar em patamares acima de R$ 5,40 na semana passada.