O início de 2023 não está sendo positivo para os futuros do milho. Na primeira sessão do ano na Bolsa de Chicago (03/01), o contrato março (ZCH3) teve queda de -1,18%, pressionado pela realização de lucros anuais em 2022 e pela forte alta do dólar.
Auxiliando a empurrar as cotações para baixo, temos também a questão do corredor de exportação na Ucrânia, já que o país está na tentativa de acelerar as vistorias de navios. A perspectiva de maior velocidade nos embarques de milho ucraniano, limitam os olhares compradores para os EUA, onde o milho é menos competitivo, pressionando assim as cotações. Entretanto, não podemos esquecer que os preços seguem apoiados por um forte fundamento: a oferta.
Nos próximos dias, previsões meteorológicas apontam temperaturas muito elevadas na América do Sul, com foco na Argentina e no Sul do Brasil.
Falando no Brasil, a Deral atualizou nesta quarta-feira (04) seu relatório de plantio e colheita no estado do Paraná. Segundo o departamento, 79% do milho plantado se encontra em boas condições, 18% médias e apenas 3% em condições ruins.
Na Bolsa Brasileira, as cotações também ficam negativas, com o vencimento janeiro caindo -1% na sessão de terça-feira (03) e o março -0,36%, valendo sucessivamente R$88,03 e R$93,68.
Também nesta primeira terça-feira (03) do ano, já contamos com a atualização dos dados do USDA referente as inspeções semanais de grãos para exportação nos Estados Unidos. Na última semana de 2022, foi inspecionado um volume de 667,010 mil toneladas de milho, abaixo das 759,563 mil toneladas para o mesmo período em 2021.