MINUTO DO CAFÉ: pressão está forte para o grão no mercado físico brasileiro e para os futuros na Bolsa de Nova York

Acompanhamos os futuros do café arábica serem negociados abaixo de 162,00 cents/lp no contrato setembro na Bolsa de Nova York, acumulando uma queda de -11,5% deste o início desse mês.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 28/06/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Iniciando pelo Brasil, contamos com a atualização da Balança Comercial preliminar do mês. Segundo os dados da Secex, até a 4° semana de junho foram exortadas 107,504 mil toneladas de café não torrado, o que representa apenas 59% do volume total exportado em junho de 2022.

Apesar das exportações ainda não ultrapassarem os volumes do ano anterior, é esperado aumento no ritmo das vendas para o segundo semestre desse ano.

No campo, a Cooxupé divulgou nessa quarta-feira (28) que a colheita em suas áreas de atuação alcançou 27,84% do total, estando 8,7 pontos percentuais a frente dos trabalhos em igual período da temporada anterior. Em Mata de Minas a colheita estava em 39%, São Paulo 37,11%, Sul de Minas Gerais 34,05% e Cerrado Mineiro 15,75%.

O ritmo mais acelerado é favorecido pelas condições climáticas positivas, além ainda de o tempo seco favorecer a pós-colheita e qualidade do grão.

No mercado físico os preços da saca do café arábica seguem pressionados, variando cerca de -10% na semana para as principais praças de negociação.

Para o mercado externo o reflexo não é muito positivo, e acompanhamos os futuros do café arábica serem negociados abaixo de 162,00 cents/lp no contrato setembro na Bolsa de Nova York, acumulando uma queda de -11,5% deste o início desse mês.

A pressão não vem apenas da safra brasileira, mas também dos números do USDA.

Na última quinta-feira (22), o departamento atualizou o seu reporte anual estimando que a produção mundial da safra 2023/24 seja de 174,3 milhões de sacas de 60 kg, um incremento de 4,3 milhões de sacas ante ao ano anterior.

As exportações globais foram estimadas em um volume recorde de 122,2 milhões de sacas, vindas majoritariamente do Brasil.

O consumo global também foi estimado para um recorde de 170,2 milhões de sacas, o que se concretizado com a produção apontada, não haverá déficit na oferta, mas sim um superávit de 4,1 milhões de sacas.

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