MINUTO DO CAFÉ: preços seguem lateralizados, mas governo chines pode trazer certa esperança

O principal suporte no momento está sendo a China, onde o governo está promovendo novas políticas para acelerar a economia do país, refletindo positivamente nas commodities agrícolas.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 06/09/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Começo essa análise trazendo para vocês os dados das exportações do café no Brasil durante o mês de agosto. Segundo os dados da Secex, foram exportadas 197,471 mil toneladas de café não torrado, superando o volume total embarcado nesse mesmo mês do ano anterior em +41%!

Os números são importantes pois representam um aumento pela demanda do café brasileiro, impulsionando os cafeicultores em suas negociações, uma vez que eles permanecem firmes e segurando o seu grão na espera de preços mais favoráveis no mercado.

E falando do grão, a Cooxupé informou que até o dia 01 de setembro foram colhidas 95,03% do total de suas áreas de atuação, um bom avanço para essa reta final que supera os 94,89% colhidos nesse mesmo período de 2022.

Em Matas de Minas restam apenas 2% da área total a serem colhidas, 2,96% em São Paulo, 3,98% no Sul de Minas e 7% no Cerrado Mineiro.

Como comentei acima, os cafeicultores hesitam antes de negociar as suas sacas de café, principalmente devido a lateralização dos preços e incertezas quando a demanda global.

Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), a exportação mundial desse produto no mês de julho foi de 10,21 milhões de sacas de 60 kg, apontando uma redução no volume frente ao ano anterior, de -1,54%.

Na comparação anual, os embarques totalizam 103,74 milhões de sacas até julho (10° mês), o que aponta uma queda de 5,7%.

Tais números assombram o mercado e pressionam as cotações nas principais Bolsas ao redor do globo. Entretanto, os futuros ainda têm suporte no clima do Brasil, onde o excesso de chuvas nas principais regiões produtoras pode afetar o encerramento da colheita.

O principal suporte no momento está sendo a China, onde o governo está promovendo novas políticas para acelerar a economia do país, refletindo positivamente nas commodities agrícolas. Além disso, uma matéria publicada no Financial Times menciona que a Starbucks planeja abrir novas lojas naquela região, incentivando o consumo do café e atuando como competição para as demais marcas. Podemos ver um aumento significativo na demanda para os próximos anos.

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