Após passar por um “sufoco” os futuros do café voltam a subir nas principais bolsas ao redor do globo.
Falando do café arábica, as cotações voltaram a ser negociadas acima de 150 cents/lp, e vemos o contrato dezembro (KCZ3) lá na Bolsa de Nova York, variando +1,88% nesta terça-feira (17), acumulando uma valorização semanal de 7,5%.
O principal suporte veio do cenário macroeconômico, principalmente nos EUA, onde o FED declarou na última sexta-feira (13) que o ciclo do aumento nas taxas de juros pode ter chegado ao seu fim.
Com isso, as commodities operaram com altas naquele dia, especialmente o nosso querido café.
Outro suporte veio nesta terça-feira (17), com a ICE anunciando recuo nos estoques certificados. Para o café arábica os estoques chegaram a 423,022 mil sacas, apresentando o menor nível em quase 1 ano! Para o café robusta, o volume alcançou 3,374 mil lotes, volume mínimo desde 2016.
Entretanto, ainda temos pressão vinda do clima no Brasil, o que acaba segurando maiores valorizações para a commodity.
Aproveitando que mencionei o Brasil, contamos com atualização da Balança Comercial onde, segundo os dados da Secex, até a 2° semana de outubro foram exportadas 119,639 mil toneladas de café não torrado, o que já representa 58,8% do volume total exportado em todo esse mês de 2022.
As exportações brasileiras continuam ganhando ritmo, porém as negociações ainda são pontuais no mercado físico. Apesar disso, vemos valorização nos preços da saca para as principais praças de negociação.
