Milho Brasil
Falando um pouco sobre o Brasil, tivemos a atualização da Balança Comercial no país, com dados da Secex até a 2° semana de maio.
Durante os 7 dias úteis contabilizados, foram exportadas 96,649 mil toneladas de milho não moído, exceto milho doce, o que representa 25,11% do volume total exportado em todo o mês de maio em 2023.
Na bolsa Brasileira, os futuros do milho encerram a primeira sessão da semana com valorizações, com o contrato maio variando +1,36%, o julho +1,54% e o setembro +1,78%.
O movimento seguiu o embalo dos cereais na bolsa de Chicago, em conjunto com as preocupações nacionais para o milho safrinha.
A colheita do milho safrinha já está ocorrendo em diversas localidades do país. No estado do Paraná, os técnicos da Deral estão classificando 57% das lavouras com boas condições, 29% médias e 14% com condições ruins.
A região Noroeste, Oeste e Centro-Oeste do estado continuam levantando preocupações, uma vez que o milho está sofrendo com déficit hídrico.
No Mato Grosso do Sul, a situação não é muito diferente, e a Famasul classifica 59,01% das lavouras como em boas condições, 19,36% regulares e 21,34% como ruins devido ao estresse hídrico.
Tal preocupação leva todos a questionar a produção final para o milho, que acaba atuando como suporte para os futuros na B3, e vemos o contrato maio variar +0,19%, e o julho +0,18% na quarta-feira (15), descolado das cotações em Chicago.
Milho Mercado Externo
A segunda-feira (13) foi positiva para o milho na bolsa de Chicago, que acompanhou as fortes altas do trigo, e encerrou a sessão com o contrato maio variando +0,61%, o julho +0,60%, e o setembro +0,33%.
Mesmo após o mercado digerir os dados do relatório WASDE, as inspeções semanais para exportação de grãos nos EUA dão uma segurada no movimento de alta.
No caso do milho, na semana encerrada no dia 09 de maio foram inspecionadas 937,729 mil toneladas, abaixo da semana anterior, e das 1,173 milhão de toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.
Tivemos também a atualização do Crop Progress no país, informando que o plantio do milho chegou a 49% do total até o último dia 12 de maio, um avanço semanal de 13 pontos percentuais.
Apesar disso, a semeadura continua atrasada no comparativo anual, sendo que em igual período do ano anterior os trabalhos já estavam 60% concluídos, e na média de 05 anos 54%.
O plantio de milho na França nesta temporada deverá ser 10% maior que no ano passado, e segundo o Ministério da Agricultura local pode chegar a uma área plantada de 1,4 milhões de hectares.
Vemos uma pressão também vinda da Argentina, onde as previsões locais são de tempo seco e frio para os próximos dias, o que deve retardar a propagação de insetos e doenças que estão afligindo as lavouras do milho.
Encerrando, temos a atualização das vendas semanais para exportação de grãos nos EUA.
Entre os dias 3 e 9 de maio foram vendidas 742,200 mil toneladas de milho para 2023/24, uma queda de 17% no volume ante a semana anterior. Os destinos foram o México, Japão, Colômbia, Taiwan e China.
Para 2024/25 o volume vendido foi de 128,200 mil toneladas de milho, destinadas para o México.
Tais fatores levaram a uma variação semanal negativa para o milho na bolsa de Chicago.