NITROGENADOS – De acordo com a StoneX, cerca de 10,7% das lavouras de milho já foram semeadas, com o término desse plantio até março, significando que grande parte dos fertilizantes nitrogenados já foram comprados.
Levando isso em consideração, a demanda não deve aumentar no curto e médio prazo, ocasionando novas reduções nas cotações. A ureia foi cotada a US$ 25,00 / t a menos do que na semana anterior.
Empresas do Oriente Médio e Nigéria enviam cargas aos Estados Unidos, aguardando um aumento de demanda em breve, já que o país precisa importar pelo menos 3 milhões de toneladas de ureia no primeiro semestre de 2023, buscando atender a demanda que virá.
Com o término do feriado, a China voltou a demandar fertilizantes, com compras que iniciaram na última semana, que devem ir até março. A demanda deve ser atendida, principalmente, pelo mercado interno.
AMÔNIA – Conforme na última semana, a amônia continua em queda, já que a demanda global não apresentou reações. Foi fechado o contrato entre Yara e Moisaic em US$ 707,00/t, apresentando redução de US$ 174,00/t, comparado ao contrato de janeiro. Lembrando que, geralmente, essa negociação é um dos fatores que baliza os preços da amônia.
FOSFATADOS – O mercado de fertilizantes fosfatados aguarda uma reação da demanda dos Estados Unidos e do Brasil em fevereiro, já que até o momento os preços estão se retraindo.
Na Índia, o governo cortou cerca de 20% do subsídio para compra de fertilizantes em 2023, o que pode impactar severamente na demanda por fosfatados, gerando ainda mais quedas nas cotações. Foi detectado um acordo feito pela empresa indiana CIL, para compra de ácido fosfórico da África do Sul, no valor de US$ 1.050,00/t.
O governo russo permitiu o aumento da exportação de nitratos de amônio e compostos de enxofre e potássio, permitindo o envio de 12 milhões de toneladas. Após o suprimento interno de fertilizantes, o governo deve aumentar esse valor.
POTÁSSICOS – No momento não houve novas negociações no mercado indiano e chinês, grandes demandantes desses insumos, mas ao que parece, a Índia tem uma conversa mais avançada que a China, para o lançamento de propostas de compra.