NITROGENADOS – O mercado de ureia continua com uma tendência baixista nas cotações, já que não apareceram indícios que pudessem reverter essa situação. No momento as expectativas estão em torno do mercado norte-americano, que tem hoje o início da primavera, época de fertilização do solo com fertilizantes nitrogenados. Mas as condições climáticas ainda não amenizaram para essa atividade, permanecendo a presença de neve, chuva e frio.
A previsão de compra se baseia na área plantada no país da América do Norte, que apresentou bons resultados, conforme divulgado pelo USDA.
Na Europa, o clima também está atrapalhando o andamento das aplicações de fertilizantes, com baixas temperaturas e umidade excessiva do solo. Essa situação ocorre na Irlanda e Reino Unido. Após passagem desses problemas, espera-se um aumento na demanda pelos nitrogenados.
Na Ásia, a empresa indonésia Kaltim, anunciou um leilão para a compra de 45 mil toneladas de ureia granular e 10 mil toneladas de ureia em pó, com ofertas até o dia 17 de março. No Nepal, a Salt Trading Corporation Limited, fará um leilão para a compra de 25 mil toneladas de ureia granulada ou em pó, com ofertas até o dia 31 de março.
Os preços de ureia no Brasil não apresentaram reação, já que as aplicações de fertilizantes para o milho safrinha estão se encerrando, sem novas demandas.
Para a amônia, a alta oferta e baixa demanda não deixam os preços ficarem valorizados, com enfraquecimento do mercado. Em todo o globo, as cotações de amônia caíram, incluindo Ásia, Europa e Estados Unidos.
FOSFATADOS – O DAP teve aumento de demanda nos Estados Unidos, aumentando o fluxo de embarcações no Rio Mississippi, para dentro do país. Aumentaram as compras do fertilizante, pelos agricultores, para a safra de primavera. A cotação de DAP subiu em US$ 4/tonelada. A expectativa é de que nas próximas semanas mais compras sejam realizadas, ajudando na valorização do produto.
Em território brasileiro, as cotações de MAP mantiveram-se abaixo dos US$ 650/toneladas, em janeiro e fevereiro. Em março começaram as desvalorizações do produto, que agora está cotado em US$ 637/tonelada.
Na Índia, o DAP também está em queda, mesmo com o anúncio do leilão, feito pela RCF, que comprou 100 mil toneladas de DAP. Os valores ofertados estão abaixo dos US$ 629/tonelada CFR, comprovando uma tendência de baixa no país, já que esse valor foi constatado na semana passada e na próxima deve estar menor.
Sobre as notícias da China, da política de exportação de fertilizantes fosfatados, não houve nenhuma novidade. Deve ser falado disso provavelmente em abril ou maio, deste ano.
ENXOFRE – Conforme apresentado nos demais fertilizantes, o enxofre segue a tendência de baixa do mercado, devido a baixa produção de fosfatados, que reduziu a demanda por enxofre.
O foco principal, desse mercado, está no Oriente Médio, onde a Munjarat, do Qatar, realiza um leilão para venda de 35 mil toneladas de enxofre, até o dia 22 de março. Outra empresa, Adnoc, dos Emirados Árabes Unidos, quer vender 40 mil toneladas de enxofre.
No Brasil, as cotações de enxofre indicam comercialização do produto por cerca de US$ 139/tonelada CFR.
POTÁSSICOS – Até o momento não foi anunciado, pela Índia, o contrato anual para compra de KCl, que todo o mercado espera, a fim de balizar os preços do insumo. As negociações seguem em andamento, mas enquanto não houver um anúncio oficial, os preços continuam em baixa.
Conforme mencionado anteriormente, o clima frio e presença de neve e umidade nos Estados Unidos, estão impedindo que aplicações de fertilizantes sejam realizadas efetivamente. A mesma situação impacta o mercado de KCl, pois os agricultores estão postergando as compras. Será necessário aguardar o movimento do mercado, para saber os próximos passos das cotações, se serão altistas ou baixistas para o próximo bimestre.