NITROGENADOS – O leilão de compra de fertilizantes, realizado pelas empresas indianas está terminando, com a emissão das cartas de intenção de compra, relatando o que será comprado de cada empresa ofertante e por qual valor. Serão arrematadas cerca de 1,1 milhão de toneladas, sendo 575 mil toneladas ao valor de US$ 330/t e 525 mil toneladas ao valor de US$ 334/t.
O resultado do leilão deu ao mercado um sentimento baixista, isso porquê era esperado que as estatais indianas fossem comprar um volume muito maior de ureia, que a janela de embarques para entrega fosse menor e que os preços finais fossem maiores.
Nos Estados Unidos, a compra de fertilizantes nitrogenados vem ocorrendo de forma mais lenta do que o esperado, já que o auge da aplicação deve ocorrer em meados de abril, portanto as compras deveriam estar ocorrendo neste mês. Mas isso não vem acontecendo, devido a queda dos preços, a uma demora para temperaturas mais quentes e menos umidade nos campos, que leva ao atraso nas aplicações.
De acordo com o relatório da StoneX, 75,4% da safrinha de milho já foi plantada, portanto a demanda por fertilizantes nitrogenados tende à queda a partir disto. Nova demanda deve surgir a partir de maio. A cotação de ureia no Brasil reduziu em US$ 18/t, ficando em US$ 330/t CFR PNG.
As cotações de amônia tiveram redução em várias partes do mundo, seguindo a tendência da redução da demanda por fertilizantes nitrogenados, SAM, MAP e DAP, já que a amônia é insumo para produção destes. As indústrias estão reduzindo a produção e, consequentemente, consumindo menos amônia, o que leva a uma baixa dos preços.
FOSFATADOS – A demanda fraca pelos fertilizantes fosfatados leva a queda dos preços por mais uma semana, já que compradores não se comprometem com grandes compras, esperando preços ainda menores.
Na China, poucos negócios aconteceram na última semana, pois os compradores aguardam novas quedas nos preços, para negociação de volumes maiores. Também no país asiático, o mercado aguarda uma definição do governo sobre a política de exportação de fosfatados, que define medidas para as vendas internacionais de fertilizantes, da China, para o exterior.
No Brasil não é diferente, já que poucas negociações foram realizadas. A volta por uma demanda maior deve ocorrer em agosto e setembro deste ano, quando produtores preparam o solo para a safra de soja.
ENXOFRE – Seguindo a mesma tendência dos demais fertilizantes, compras de grandes volumes de enxofre não foram constatadas. Mesmo na China, mercado que estava aquecido para este insumo, agora teve uma inversão de valores e apresenta queda.
Também nos Estados Unidos e Canadá, o mercado está com a demanda enfraquecida, mas os preços tem se mantido estabilizados. Vendedores aguardam um possível aquecimento do mercado com a chegada da primavera.
No Oriente Médio, a empresa Kuwait Petroleum Corporation subiu em US$ 10/t seus preços de enxofre, estabelecendo um valor de US$ 136/t FOB. Também aumentou os preços a empresa Adnoc, do EAU, ficando em US$ 134/t FOB.
POTÁSSICOS – Até o momento não foram divulgadas novidades sobre o contrato anual de compra de KCl, realizado pela Índia, e que faria com que a dinâmica do mercado se alterasse. Sem este anúncio, o mercado global permanece em baixa.
No Brasil, houve desvalorização do KCl em US$ 7/t, fechando em US$ 477/t CFR PNG.
Na China, o fechamento do contrato de compra anual de fertilizantes potássicos foi postergado para o segundo semestre do ano, já que os estoques do país estão elevados, não necessitando de uma nova compra no momento. A demanda interna está enfraquecida, com desvalorizações semanais do KCl acontecendo.
