Fertilizantes: Brasil teve aumento de 5% nas suas importações de ureia no mês de julho

Volume importado de ureia para o Brasil no mês de julho de 2022 ficou em 671 mil toneladas. Isso representa um incremento de 5% ao que foi registrado em julho do ano anterior. Confira:

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 08/08/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

As importações brasileiras de ureia para o mês de julho de 2022 totalizaram 671 mil toneladas, representando uma alta de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram levantados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), que também apontou que de janeiro a julho o Brasil internalizou 3,76 milhões de toneladas de ureia, com queda de 9% aos 4,12 milhões de tons internalizados no mesmo período de 2021.


Por outro lado, observando o histórico de sazonalidade das importações, é possível dizer que as importações voltem a crescer a partir de setembro.

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Com relação aos preços da ureia no Brasil, o mercado físico apresentou menor atividade nos negócios ante a semana anterior, mas ainda assim, refletiu em um aumento nos preços do insumo, o que fez com que os preços CFR diminuíssem a diferença entre as cotações internacionais.


Neste sentido, os índices tiveram aumento considerável de US$ 103/ton em média, com o indicador ficando na faixa de US$ 657/ton CFR.


De modo geral, o mercado da ureia sinalizou uma menor atividade nos últimos dias em demais regiões do globo, mas isso não quer dizer que os preços recuaram. Pelo contrário, os índices se mantiveram, mediante principalmente a uma melhor gestão de oferta e demanda no mercado internacional.


Além disso, a preocupações com o abastecimento do gás natural na Europa tem resultado em preços maiores da amônia, o que gera um impasse nas operações de empresas produtoras de nitrogenados. Segundo análise realizadas pela consultoria StoneX, os custos de produção do suprimento já ultrapassa os US$ 1500 por tonelada, o que resultou no anúncio de paralização de algumas plantas pelo continente nas últimas semanas e vem forçando a importação de ureia em países produtores, como Egito.


Enquanto isso na China, por estarem fora da temporada de aquisição, a demanda doméstica continua baixa. Mas ainda assim, os preços encontram-se firmes diante da alta dos preços internacionais. Neste sentido, os produtores chineses de ureia têm focado no mercado externo, buscando trabalhar com exportações para países como Índia e Paquistão, onde o índice de preços se encontra mais atrativo, em torno de US$ 506/ton FOB, ou seja, US$ 18 dólares acima da cotação da semana anterior.


Por fim, nos EUA, mediante a forte alta dos preços da ureia ao final de julho, os compradores estão agindo mais cautelosos e afastados do mercado. No momento, os agricultores estão focados nas lavouras de soja e milho 2022/23 e por este motivo, mostram-se pouco interessados em novas aquisições, tendo em vista que a relação de troca entre grãos e fertilizantes está menos atrativa. Isso de certo modo pode pressionar o mercado nos próximos dias, caso o nível de atividade global não apresente recuperação. Mesmo assim, o índice de preços da ureia FOB NOLA fechou a primeira semana de agosto a um custo de US$ 661,00/ton apresentando um incremento de US$ 81 em uma semana.

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