Nitrogenados e amônia
Os preços da ureia tiveram queda na maioria das praças, causado pela demanda enfraquecida e sentimentos baixistas, impulsionados pelo grande volume ofertado nos últimos leilões.
Na Europa, Estados Unidos e Brasil, a demanda pela ureia teve uma boa redução, o que é esperado para essa época do ano, pois produtores já adquiriram o necessário para as próximas safras. No Hemisfério Norte, as compras devem ser retomadas em breve, já no Brasil, a tendência de redução só será revertida após o plantio e colheita da safra de verão.
Após a grande oferta de ureia no último leilão indiano e preços baixos em todo o mundo, os produtores de ureia egípcios limitaram as vendas do insumo a US$ 400/t e não abaixo disso. Mas os compradores estão pressionando para reduções nesse preço. Uma nova licitação para compra de ureia pode ocorrer na Índia, pois o país ainda pode precisar de 3 milhões de toneladas do fertilizante nitrogenado até o final deste ano, a fim de atender a safra atual.
Produtores chineses estão focados em entregar a ureia comprada pela Indian Potash Limited, já que a demanda local está restrita.
No mercado de amônia, houve aumento no contrato de Tampa, entre Yara e Moisaic, para setembro. O aumento foi de US$ 95/t, sendo praticado a US$ 390/t CFR.
Fosfatados e enxofre
Os produtores de fosfatados dos Estados Unido estão preocupados com o furacão Idalia, que chegou ao país e pode passar por onde estão as maiorias das fábricas e portos, especificamente na Flórida. Os portos com saída ao Golfo e algumas plantas estavam fechados, evitando riscos aos trabalhadores.
Bangladesh deve emitir uma licitação para compra de 400 mil toneladas de DAP, 20 mil toneladas de TSP e 30 mil toneladas de DAP. Este evento promete mexer com os mercados dos fertilizantes fosfatados e demonstrar os volumes que estão nos fabricantes.
Na China, produtores se preparam para a temporada de aplicação de fertilizantes fosfatados, sustentando os preços desse insumo. No Brasil, a oferta está precária, com falta de TSP e SSP.
A Rússia impôs uma tarifa sobre as exportações de fertilizantes, que chega aos 7%, até o final de 2024.
Sobre o enxofre, a demanda chinesa está sustentando os preços em diversas praças, os deixando estáveis nos Estados Unidos, por exemplo. Uma elevação das cotações pode aparecer nas próximas semanas.
Os preços do enxofre para setembro foram estabelecidos nos fabricantes do Oriente Médio, com alta. A Kuwait Petroleum Corporation definiu em US$ 103/t (+ US$ 21/t) e a Muntajat em US$ 102/t (+ US$ 20/t).
Potássicos
Um baixo volume de negociações foi constatado na última semana, pelos fertilizantes potássicos. No Brasil ou na Ásia não foram vistos alta liquidez para o KCl.
Isso porque, no Brasil, a janela para aquisição desse fertilizante já está se encerrando, visto que a colheita dos cereais de inverno está acelerada e logo o plantio de soja terá início. A proximidade da safra de verão, que foi o principal aquecedor das compras, agora deverá reduzir a demanda.
Na China, apesar de uma grande procura pela compra, na última semana não foi visto um grande volume de negociações. Apesar disso, os fabricantes estão trabalhando a pleno, visto que as compras devem se intensificar em breve.
No Canadá e Europa, as compras por KCl estão baixas, com produtores atentos aos cultivos e colheitas.