Estamos no período do ano em que ocorre o plantio da nova safra de trigo no Brasil, e já podemos observar diversas dificuldades em relação aos trabalhos no campo, em especial no Rio Grande do Sul.
O excesso de umidade no solo está dificultando o acesso de máquinas no campo, preocupando produtores da região com a possibilidade de atrasar ainda mais a semeadura do cereal.
Além disso, em algumas partes não será nem mesmo possível o plantio, o que já vem chamando a atenção do mercado.
Outro estado sofrendo com condições climáticas adversas é Minas Gerais, que passou por um longo período de seca, onde agora a escassez hídrica pode levar a perdas de até 30% nas lavouras do trigo.
Falando nisso, as questões climáticas adversas ao redor do globo também continuam deixando o mercado alerta para com a oferta mundial do cereal.
Com os preços do trigo atingindo valores recordes no mercado externo, o mercado nacional vai acompanhando o movimento.
Especialmente com a alta necessidade de importação, os preços do trigo no mercado interno acabam seguindo a paridade de importação.
A Argentina, principal origem para as compras de trigo pelo Brasil, chegou a negociar a tonelada FOB à US$ 300.
Tal cenário é de extrema importância para os moinhos, que deverão tentar repassar essa margem para derivados como a farinha.
No médio prazo os preços da farinha tendem a acompanhar as altas do trigo, a fim de apresentar alguma margem de lucro para os moinhos.
A maior dificuldade para tal acontecimento, ainda está na demanda enfraquecida da farinha de trigo, trazendo dor de cabeça para as indústrias e preocupações financeiras.