Farelo de Trigo: produtores exportando cereal de baixa qualidade

Segundo os dados da Secex, para os 7 dias úteis contabilizados, foram exportadas 50,018 mil toneladas de trigo e centeio não moídos.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 15/05/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Como todos estão acompanhando, o estado do Rio Grande do Sul sofreu com chuvas intensas, que causaram inundações em diversas cidades, levando a região a declarar estado de calamidade.

Frente à tal acontecimento, os moinhos e indústrias também foram afetados.

Em conversa com trabalhadores da região, recebi imagens e vídeos das condições das indústrias locais, e até mesmo moinhos que não estavam completamente inundados, sofreram perdas significativas e pararam suas atividades temporariamente.

O trigo está valorizando ao redor do globo, com condições climáticas adversas afetando as culturas na Rússia, França, Argentina, EUA e Brasil.

Mesmo com os preços do trigo interno tendendo a acompanhar as altas pela paridade de importação, moinhos e indústrias ainda terão dificuldades em repassar esses valores, afetando a sua margem de lucro.

O farelo fica em uma situação ainda mais complicada, onde a demanda permanece enfraquecida, e a competitividade com o milho cada vez mais acirrada.

Nesta semana tivemos os dados da Balança Comercial no país até a 2° semana de maio.

Segundo os dados da Secex, para os 7 dias úteis contabilizados, foram exportadas 50,018 mil toneladas de trigo e centeio não moídos, o que já representa 73,30% do volume total exportado no mês de maio em 2023.

A média diária de embarques para os 7 dias foi de 7,145 mil toneladas.

Quanto às importações, neste mesmo período totalizaram 270,077 mil toneladas, o que representa 95,25% do volume total importado em todo o mês de maio em 2023.

Quanto às exportações, com o trigo valorizado mundo afora, os produtores brasileiros estão encontrando negócios favoráveis para o seu trigo de baixa qualidade, que está sendo comprado para o uso em ração animal.

FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar – FOB)

No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 540/t a R$ 630/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 580/t FOB.

No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 520/t a R$ 640/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 590/t FOB.

Na região de CURITIBA – PR e Campos Gerais, a cotação ficou em R$ 540/t a R$ 640/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 610/t FOB.

Nos moinhos da grande SÃO PAULO – SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 550/t FOB a R$ 630/t FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 690/t FOB.

Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 540/t a R$ 630/t FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 610/t FOB.

Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 520/t a R$ 630/t FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 650/t FOB.

Em SANTA CATARINA os preços praticados foram em média R$ 620/t a R$ 720/t FOB, no farelo a granel. Já no ensacado, os preços ficaram em torno dos R$ 720/t.

*TABELA ATUALIZADA 15/05*

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