Farelo de Trigo
O mercado de farelo de trigo manteve comportamento predominantemente estável na comparação semanal, com exceção das praças de São Paulo e Rio Grande do Sul, onde foram observados ajustes positivos nas cotações. Cabe destacar que essas regiões vinham apresentando valores mais defasados em relação a outras localidades do país, o que contribuiu para o movimento de correção recente.
A sustentação nas cotações reflete o aumento sazonal da demanda, especialmente por parte dos segmentos pecuário e de nutrição animal, que intensificam as aquisições neste período do ano. Além disso, o mercado de milho vem registrando acréscimos graduais de preço desde o início do mês, em meio à oferta restrita por parte dos produtores, atualmente mais focados nas atividades de plantio. Esse contexto estimula a substituição parcial do milho pelo farelo de trigo, cuja precificação costuma manter forte correlação com o cereal.
Do lado da oferta, o ritmo de moagem nas indústrias permanece estável frente às semanas anteriores, ainda em níveis reduzidos. Apesar disso, os estoques de farelo continuam elevados, o que evidencia certa dificuldade no escoamento da produção. Esse fator limita potenciais reajustes de preço no curto prazo, mesmo diante de uma demanda mais ativa. As margens industriais seguem comprimidas, e há relatos de rentabilidade negativa em algumas unidades processadoras, refletindo o desequilíbrio entre custos operacionais e preços de venda.
Em relação à matéria-prima, as cotações domésticas seguem sob forte pressão. A manutenção do câmbio entre R$ 5,30 e R$ 5,50 tem favorecido a competitividade do trigo importado, sobretudo o de origem argentina. No cenário global, a produção recorde amplia a oferta do cereal. Adicionalmente, os elevados estoques de passagem no Brasil contribuem para limitar movimentos altistas expressivos no curto prazo.
No comércio exterior, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que, até a quarta semana de outubro (18 dias úteis), o Brasil importou 459 mil toneladas de trigo e centeio não moídos, volume equivalente a 83,3% do total adquirido em outubro de 2024 (552 mil toneladas em 22 dias úteis).

Por fim, no campo, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 26 de outubro, 43,3% da área cultivada com trigo no país havia sido colhida.
FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar – FOB)
No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 760/t a R$ 860/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 870/t FOB.
No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 780/t a R$ 860/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 870/t FOB.
Na região de CURITIBA – PR e Campos Gerais, a cotação ficou em R$ 800/t a R$ 900/t FOB no granel, e no ensacado preço médio de R$ 920/t FOB.
Nos moinhos da grande SÃO PAULO – SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 730/t FOB a R$ 830/t FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 870/t FOB.
Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 730/t a R$ 830/t FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 860/t FOB.
Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 730/t a R$ 830/t FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 860/t FOB.
Em SANTA CATARINA os preços praticados foram em média R$ 800/t a R$ 880/t FOB, no farelo a granel. Já no ensacado, os preços ficaram em torno dos R$ 910/t.
TABELA ATUALIZADA 29/10

