Farelo de Trigo: Desvalorização contínua do derivado

Processamento maior e demanda enfraquecida reforçam tendência de queda

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 03/09/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Os preços do farelo de trigo mantêm trajetória de queda nas principais regiões brasileiras desde o início de agosto, apesar de apresentarem variação percentual superior em relação ao mesmo período do ano anterior.

O processamento nos moinhos segue em um bom ritmo, ampliando a disponibilidade do derivado no mercado. Para evitar paralisações por excesso de produto, a indústria tem reduzido suas margens de lucratividade, priorizando a continuidade da moagem.

Paralelamente, a demanda pelo farelo de trigo vem enfraquecendo, uma vez que os compradores têm recorrido a alternativas mais competitivas. O milho, beneficiado por uma safrinha recorde e consequente queda nas cotações, tornou-se o principal substituto, tornando seus derivados mais atrativos em relação ao farelo.

O setor também acompanha com expectativa a divulgação dos dados da balança comercial pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), prevista para esta quinta-feira. No último levantamento, até a quarta semana de agosto, foram embarcadas 212,9 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, o que corresponde a 97,93% do volume exportado em todo o mês de agosto de 2024, sinalizando ritmo intenso das vendas externas.

No caso do trigo em grão, os fundamentos permanecem baixistas. Mesmo diante da redução na produção da safra brasileira, o mercado internacional se apresenta com oferta ampliada, o que reforça a pressão negativa sobre os preços domésticos.

Com a aproximação do final do ano, a tendência é de intensificação no processamento, sobretudo após setembro. Esse movimento deverá ampliar a disponibilidade interna do derivado, favorecendo novas quedas nas cotações.

FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar – FOB)

No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 800/t a R$ 880/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 920/t FOB.

No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 800/t a R$ 900/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 920/t FOB.

Na região de CURITIBA – PR e Campos Gerais, a cotação ficou em R$ 820/t a R$ 920/t FOB no granel, e no ensacado preço médio de R$ 960/t FOB.

Nos moinhos da grande SÃO PAULO – SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 700/t FOB a R$ 780/t FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 860/t FOB.

Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 720/t a R$ 820/t FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 840/t FOB.

Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 720/t a R$ 820/t FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 840/t FOB.

Em SANTA CATARINA os preços praticados foram em média R$ 845/t a R$ 950/t FOB, no farelo a granel. Já no ensacado, os preços ficaram em torno dos R$ 950/t.

TABELA ATUALIZADA 03/09

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