No Brasil a ABIOVE atualizou sua estimativa para uma safra recorde no país. Segundo a Associação as projeções são para uma produção de 153,6 milhões de toneladas de soja.
Além disso, também comentou que pode haver um novo recorde no esmagamento da oleaginosa, atingindo 52,5 milhões de toneladas. A produção de farelo de soja foi estimada em 40,2 milhões de toneladas e a de óleo em 10,7 milhões de toneladas.
Para o ano, eles esperam que as exportações do grão alcancem 92,3 milhões de toneladas. Para o farelo o volume é estimado em 20,7 milhões e para o óleo 2,15 milhões de toneladas.
Com uma demanda mais tímida e indícios de safra recorde de soja no Brasil, a pressão vem forte para as cotações em Chicago e, consequentemente, para os seus derivados.
Na Bolsa de Chicago o farelo de soja teve uma variação semanal até essa quinta-feira (23) de -5,94% para o contrato maio. Para o óleo de soja a situação foi ainda pior, com uma variação de -9,21%!
Mesmo com a queda dos futuros nos EUA, o cenário ainda pode ser positivo para o Brasil, principalmente após a Bolsa de Rosário reduzir a produção da soja na Argentina para 29 milhões de toneladas.
Como a Argentina é o maior produtor e exportador de óleo e farelo de soja e apresenta significativa quebra de safra, o Brasil aparenta ser a saída mais lógica para os demais países que necessitam dos derivados.
As exportações brasileiras desses derivados devem ser favorecidas pela situação no vizinho argentino.