A cotação dos derivados de milho segue com elevação diante da boa demanda pelo setor alimentício, especialmente neste período de festividades devido as festas juninas e julinas espalhadas por todo o Brasil.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de maio, os itens típicos das festas juninas subiram 13,51% em 12 meses.
Um dos produtos mais usados nessas celebrações, o milho, acumula alta de 23,55% no IPCA em 12 meses, enquanto a farinha de trigo apresenta alta de 27,80% e o açúcar cristal tem preços 31,46% mais altos no mesmo período. “Alguns destes itens são commodities que têm seu valor atrelado aos preços internacionais, e, assim, são influenciados pelas variações da taxa de câmbio real/dólar”, diz a economista Larissa Naves de Deus, professora de economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A cozinheira Ana Carolina Pesaroglo, de 39 anos, trabalha há seis anos com entrega de refeições e há cinco atua no ramo de festas juninas em Curitiba (PR). Após dois anos com as comemorações paralisadas, ela notou aumento significativo nos itens típicos e tradicionais do arraial.
Ao mesmo tempo, a valorização do preço da fécula de mandioca, também auxiliou na elevação da cotação do amido e farinha de milho.
Por outro lado, com uma maior disponibilidade de milho em grãos e outros componentes utilizados na alimentação animal, os preços dos derivados ligados ao setor de rações (farelo e germe gordo) acabaram recuando nas últimas semanas, com perdas entre 5% a 10% a depender da região.