Trigo Mercado Externo: Commodity enfrenta pressão de safra recorde

Quedas em Chicago e Kansas refletem expectativa de ampla produção

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 04/09/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Nesta quarta-feira (3), o mercado de trigo seguiu pressionado, operando em trajetória de baixa e permanecendo no menor nível dos últimos cinco anos. Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros do trigo SRW encerraram o pregão em queda: o vencimento de setembro recuou 0,12%, cotado a US$4,82/bushel, enquanto o contrato de dezembro cedeu 0,2%, negociado a US$5,10/bushel.

Na Bolsa de Kansas, o movimento de desvalorização foi ainda mais intenso. Os futuros do trigo HRW apresentaram perdas significativas, com o contrato de setembro caindo 1,75%, para US$ 5,04/bushel, e o de dezembro registrando retração de 1,17%, encerrando a sessão em US$5,22/bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou na terça-feira (2) os números semanais de inspeções até 28 de agosto. Foram inspecionadas 802 mil toneladas de trigo da safra 2025/26, volume 21,3% inferior ao da semana anterior, mas 32,8% acima das 604 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado.

No acumulado do novo ano comercial, os embarques já somam 6,639 milhões de toneladas, superando em 14,5% as 5,796 milhões registradas em igual intervalo de 2024.

A Rússia, principal exportadora global do cereal, tenta ampliar sua presença no mercado chinês. Contudo, as negociações enfrentam resistência de Pequim em liberar a importação do trigo de inverno russo, segundo a ministra da Agricultura do país.

Já na Austrália, outro grande player do setor, a safra deve sofrer leve redução de 1%, ficando em torno de 33 milhões de toneladas, segundo o governo. Apesar da queda, o volume ainda deve superar em 22% a média da última década, reflexo das condições climáticas favoráveis.

O mercado segue pressionado pelo excesso de oferta mundial. As estimativas do USDA apontam para uma colheita recorde de 806,9 milhões de toneladas, o que intensifica a pressão baixista sobre as cotações internacionais.

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