MINUTO DO MILHO: Mercado internacional reage, mas cenário interno permanece contido

Conab aponta colheita da segunda safra praticamente concluída no país, enquanto milho verão avança no Sul, com destaque para Rio Grande do Sul e Paraná

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 09/09/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Nesta segunda-feira (08), os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram em alta. O vencimento de setembro foi cotado a US$4,03/bushel, avanço de 1% em relação ao dia anterior, enquanto o contrato de dezembro subiu 0,86%, alcançando US$4,21/bushel.

A competitividade do milho norte-americano continua sendo um fator determinante para sustentar as cotações. Além disso, o movimento positivo do trigo, da soja e do farelo reforçou a tendência altista.

No entanto, a desvalorização do dólar frente a outras moedas segue como elemento limitador, exercendo pressão sobre os preços internacionais.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que, até 4 de setembro, as inspeções semanais de exportação somaram 1,442 milhão de toneladas, aumento de 2,4% sobre a semana anterior e expressivos 69,8% acima do mesmo período de 2024.

No acumulado do atual ano comercial, os embarques já totalizam 649 mil toneladas, superando em 34,8% as 481 mil registradas no mesmo intervalo do ano passado.

Em relação às condições das lavouras, até 7 de setembro, 68% das áreas foram classificadas como boas ou excelentes, recuo de 1 ponto percentual frente à semana anterior, mas ainda 4 pontos acima do observado no mesmo período de 2024. Outros 23% foram avaliados como regulares e 9% entre ruins e muito ruins.

No mercado interno, os preços futuros do milho na B3 apresentaram variações discretas. O contrato de setembro fechou a R$ 65,39/saca (+0,03%), enquanto o de novembro avançou 0,21%, cotado a R$ 68,24/saca.

Produtores, diante das recentes valorizações nos portos e no mercado externo, têm restringido a oferta, buscando patamares mais firmes para novos negócios. Por outro lado, a demanda doméstica, que vinha sustentando as cotações, mostra sinais de retração, recorrendo a estoques próprios e aguardando maior disponibilidade da safra recorde no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita da segunda safra de milho no Brasil está praticamente concluída, com 98% das lavouras já colhidas. Os trabalhos se encerraram em estados como Piauí, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.

Paralelamente, a safra de verão 2025/26 avança no Sul do país, com 28,2% da área total prevista já semeada. No Rio Grande do Sul, o plantio atingiu 39%, enquanto no Paraná alcançou 9%.

O Indicador Esalq/B3 (Cepea), com base em Campinas, encerrou o dia a R$ 64,82/saca, leve alta de 0,1% frente à sessão anterior. No mercado físico, as cotações seguiram relativamente estáveis: no Rio Grande do Sul, a média permaneceu em R$ 62,75/saca; em Minas Gerais, houve recuo de 0,6%, para R$ 58,85/saca; já no Mato Grosso, a cotação avançou 0,5%, fechando em R$ 43,72/saca.

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