Nesta segunda-feira (08), os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram em alta. O vencimento de setembro foi cotado a US$4,03/bushel, avanço de 1% em relação ao dia anterior, enquanto o contrato de dezembro subiu 0,86%, alcançando US$4,21/bushel.

A competitividade do milho norte-americano continua sendo um fator determinante para sustentar as cotações. Além disso, o movimento positivo do trigo, da soja e do farelo reforçou a tendência altista.
No entanto, a desvalorização do dólar frente a outras moedas segue como elemento limitador, exercendo pressão sobre os preços internacionais.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que, até 4 de setembro, as inspeções semanais de exportação somaram 1,442 milhão de toneladas, aumento de 2,4% sobre a semana anterior e expressivos 69,8% acima do mesmo período de 2024.
No acumulado do atual ano comercial, os embarques já totalizam 649 mil toneladas, superando em 34,8% as 481 mil registradas no mesmo intervalo do ano passado.
Em relação às condições das lavouras, até 7 de setembro, 68% das áreas foram classificadas como boas ou excelentes, recuo de 1 ponto percentual frente à semana anterior, mas ainda 4 pontos acima do observado no mesmo período de 2024. Outros 23% foram avaliados como regulares e 9% entre ruins e muito ruins.
No mercado interno, os preços futuros do milho na B3 apresentaram variações discretas. O contrato de setembro fechou a R$ 65,39/saca (+0,03%), enquanto o de novembro avançou 0,21%, cotado a R$ 68,24/saca.

Produtores, diante das recentes valorizações nos portos e no mercado externo, têm restringido a oferta, buscando patamares mais firmes para novos negócios. Por outro lado, a demanda doméstica, que vinha sustentando as cotações, mostra sinais de retração, recorrendo a estoques próprios e aguardando maior disponibilidade da safra recorde no Brasil e nos Estados Unidos.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita da segunda safra de milho no Brasil está praticamente concluída, com 98% das lavouras já colhidas. Os trabalhos se encerraram em estados como Piauí, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.
Paralelamente, a safra de verão 2025/26 avança no Sul do país, com 28,2% da área total prevista já semeada. No Rio Grande do Sul, o plantio atingiu 39%, enquanto no Paraná alcançou 9%.
O Indicador Esalq/B3 (Cepea), com base em Campinas, encerrou o dia a R$ 64,82/saca, leve alta de 0,1% frente à sessão anterior. No mercado físico, as cotações seguiram relativamente estáveis: no Rio Grande do Sul, a média permaneceu em R$ 62,75/saca; em Minas Gerais, houve recuo de 0,6%, para R$ 58,85/saca; já no Mato Grosso, a cotação avançou 0,5%, fechando em R$ 43,72/saca.
