Nesta quarta-feira (09), a CONAB liberou o seu levantamento para a safra 2022/23 e os dados são os seguintes: redução da área de milho para 22,33 milhões de hectares e aumento da área de soja para 43,24 milhões de hectares. As estimativas de consumo interno e importações do cereal permanecem inalteradas. Os cortes na produção do milho vieram em decorrência da alta incidência de cigarrinhas nas lavouras, além do aumento nos custos de produção, como é o caso dos fertilizantes.
Segundo o Imea, o estado do Mato Grosso atingiu até a última segunda-feira (07) 18,82% da comercialização da safra 2022/23. A Anec, estima que para o mês de novembro as exportações brasileiras de milho cheguem a cerca de 6 milhões de toneladas frente a maior oferta do cereal no país. Além de maior oferta, a demanda também cresceu na Europa devido a forte seca que atingiu as lavouras de milho daquela região, levando os países a importarem mais que o normal.
Na Bolsa Brasileira, o vencimento novembro apresentou leve queda de -0,14% pela manhã, cotado a R$ 85,73. Negociações no mercado doméstico seguem travadas e sem maiores alterações nos preços. Em Assis/SP, a saca estava valendo R$85,00 e em Nova Mutum/MT, R$ 64,90.
Em Chicago, os futuros do milho operavam em queda na parte da manhã, na expectativa do relatório de oferta e demanda do USDA. Na parte da tarde, acompanhamos a liberação do USDA. Para o milho, as alterações ocorreram apenas nos EUA onde, a produção foi reduzida para 353,84 milhões de toneladas e os estoques finais aumentaram para 30,02 milhões de toneladas, afetando assim a oferta e os estoques mundiais do cereal. Para o Brasil, Argentina e Ucrânia as estimativas seguem iguais.
As inspeções semanais de milho para exportação norte-americana somaram, até o dia 07, um volume de 231,458 mil toneladas.
Após o relatório do USDA com redução dos estoques finais e produção global, os futuros do milho contrato dezembro em Chicago (ZCZ2) passam a operar no campo positivo, subindo mais de +0,40%, cotado em média US$ 6,70 por bushel.
Para consultar o levantamento da CONAB para as commodities do TRIGO, SOJA e ALGODÃO, confira os boletins diários no site da AF News.