Os futuros do milho abrem a semana operando no campo positivo, e acompanhamos o contrato março (ZCH3) na Bolsa de Chicago, valorizando +1,30% no meio desta tarde de segunda-feira (12). O movimento ocorreu em resposta ao ataque feito pela Rússia ao porto de Odessa, o que tumultuou os embarques de grãos ucranianos e levantou dúvidas sobre o real volume que será escoado do país.
Além dos ataques que comprometem as redes de energia nas regiões portuárias, as fiscalizações dos navios também estão lentas, acarretando maiores atrasos nas entregas.
Nesta segunda-feira (12), o USDA atualizou os dados das inspeções semanais de grãos para exportação norte-americanas. Para o milho, o volume somou apenas 505,014 mil toneladas, abaixo das 926 mil em igual período de 2021. Na última sexta-feira (09), o USDA liberou o seu relatório de oferta e demanda, confira o Balanço Semanal do Milho para saber mais.
No Brasil, atualização dos dados preliminares da Balança Comercial pelo Ministério da Economia. Até a 2° semana de dezembro foram exportadas 1,515 milhão de toneladas de milho, volume que já corresponde a 44% de todo o total exportado no mês de dezembro de 2021.
No mercado físico brasileiro, os negócios são lentos. Produtores comentam estar atentos aos danos causados pelas altas temperaturas em importantes regiões produtoras do país, o que levaria a preços mais altos.
A forte demanda pelo cereal, segue mundo afora, com todos atentos para lavoras na América do Sul, fortemente afetas pelo fenômeno do La Niña.
Na Argentina, um dos países mais afetados, o milho já semeado está apresentando danos por déficit hídrico e o plantio da área restante é atrasado pela falta de umidade no solo. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, as condições das lavouras no campo são de 18% boas/excelentes, 56% normais e 26% regulares/ruins. Abaixo, é possível observar no mapa as regiões com menor teor de precipitação acumulada nos últimos 15 dias.