Após atingir a cotação mais alta desse ano, os futuros do café arábica voltam a recuar na Bolsa de Nova York, próximos ao patamar de 201 cents/lp.
Na terça-feira (18), o contrato julho (KCN3) variou +2,11% no dia e encerrou a sessão cotado a 205,25 cents/lp, maior valor de 2022. Os futuros do café arábica estão subindo desde o dia 13, após a liberação dos dados de março para a exportação e produção de café arábica na Colômbia.
Em atualização da FNC, a produção do café naquele mês apresentou queda de 13% quando comparamos com o mesmo período do ano anterior, uma vez que o volume produzido foi de 914 mil sacas em 2022 contra 799 mil sacas neste ano.
As exportações também não foram positivas e apresentaram queda de 19% ante ao mês de março de 2022. Naquele ano o volume exportado foi de 1,121 milhão de sacas de 60kg, enquanto agora foi de apenas 906 mil sacas.
A preocupação com a oferta mundial do produto retornou com força, atuando como suporte aos preços, sobrepondo-se, no momento, a pressão macroeconômica.
Além disso, o consumo mundial também está aumentando, abrindo oportunidades para o café brasileiro principalmente na Alemanha e China.
Segundo dados da Cecafé, entre janeiro e março, a Alemanha importou 1,098 milhão de sacas do Brasil, um volume que, segundo a Associação Alemã de Café, acompanha os níveis de consumo da bebida naquele país, os quais bateram recorde e apresentaram um aumento de 45% neste ano.
Quanto a China, os dados da Cecafé indicam um aumento de 108,7% nas exportações desse primeiro trimestre do ano para o gigante asiático. O crescimento levou o país ao ranking de 14° maior importador de café no Brasil.