A quinta-feira (23) foi bem negativa para os futuros do café arábica em Nova York. Após atingir a máxima de 4 meses batendo 199,75 cents/lp, o contrato março recuou forte no dia 23 e variou -4,79%, sendo cotado a 189,95 cents/lp.
A queda foi sentida pelo mercado pois os futuros acumulavam uma sequência de altas para os principais contratos na bolsa da ICE. O suporte era, e continua sendo, as incertezas em torno da safra de café no Brasil.
Mesmo após digerir as estimativas da safra atual que foram reduzidas pela Conab, o fato de os cafeicultores permanecerem segurando o seu grão no mercado físico trouxe um novo impacto. Os negócios são apenas pontuais e a justificativa oferecida permanece a mesma, de que a produção será menor que o esperado e os preços devem atingir patamares ainda mais elevados.
No mercado físico brasileiro as sacas continuam valorizando. Em Minas Gerais o preço médio do café arábica foi para R$1.148,10, uma variação diária de +1,6%. No Paraná a saca foi para R$1.137,00 variando +2,2% e em São Paulo a variação foi de +1,7%. O indicador Cepea de arábica também opera em valorização, variado +5,3% na semana.
Segundo dados da Cecafé, até o último dia 22 foram exportadas 1,655 milhão de sacas, volume que está 36% abaixo do que em igual período do ano anterior.
Quanto aos estoques certificados da ICE, estes estavam em 814,966 mil sacas de 60kg até o último dia 22 conforme atualização da ICE Future U.S.