Essa semana começou com atualização da Balança Comercial no Brasil. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de novembro foram exportadas 152,895 mil toneladas de café não torrado, representando 70,67% do volume total exportado no mês de novembro em 2022.
Para os 11 primeiros dias úteis deste mês, a média diária de embarques foi de 13,899 mil toneladas.
Segundo os dados da Cecafé, entre janeiro e outubro deste ano, as exportações de café acumularam um total de 30,624 milhões de sacas de 60kg, sendo 24,23 milhões apenas do café tipo arábica.
Ao comparar tais dados com o ano anterior, percebemos que não houve quedas apenas nas exportações, mas também nos preços do produto, levando a receita cambial a recuar cerca de 16%, enquanto o volume embarcado recuou apenas 5,5%.
Os principais importadores do café brasileiro são os EUA, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica.
Como o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de cafés, as condições da safra repercutem fortemente no mercado.
O fenômeno do El Niño está causando problemas para os cafeicultores, que acompanham suas lavouras passarem por calores de 40°, ventos extremamente fortes, e até chuvas de granizo nas últimas semanas.
A preocupação está no pegamento das flores, que pode refletir em prejuízos significativos para a safra 2024/25, a qual deveria ser de bienalidade positiva.
O cenário na América do Sul está atuando como suporte para os futuros do café na Bolsa de Nova York e Londres.
Em NY, as cotações do café arábica conseguiram chegar a 178,80 cents/lp neste mês, apesar de voltarem a recuar devido a forte volatilidade da commodity.
Nesta segunda-feira (20), o contrato março (KCH4) variou +2,70%, apoiado mais uma vez na queda dos estoques certificados da ICE, os quais recuaram para 290,734 mil sacas.